SAÚDE

Saiba como diferenciar dor de cabeça de uma enxaqueca

Dores relacionadas a tensões emocionais, ou crises de dores latejantes, com náusea e vômito, são sinais de que é hora de procurar um especialista

Thassiana Macedo
Publicado em 19/03/2014 às 17:51Atualizado em 19/12/2022 às 08:34
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Dor de cabeça pode não ser só uma dorzinha causada pelo cansaço. Em alguns casos, elas são o reflexo de doenças como sinusite, gripes e resfriados, ou até mesmo variações hormonais da tensão pré-menstrual. Quando esse desconforto é associado a enjoos e fotofobia, que é o incômodo causado pelo excesso de luz, a cefaleia pode ser considerada uma enxaqueca. Estudo da Sociedade Brasileira e Internacional de Cefaleia revela que o número de pessoas que reclamam sofrer de dores de cabeça é alto e não pode ser ignorado. Em torno de 46% da população tem dor de cabeça ocasional; 42% sofre dor de cabeça do tipo tensional; 11% a 15%, de enxaqueca, e 2% a 3%, de enxaqueca crônica.

De acordo com o neurocirurgião Roberto Alexandre Dezena, dor de cabeça é o termo popular para cefaleia, que é um termo médico. “Temos dois tipos de cefaleia: as primárias, que não têm uma causa definida, sendo explicadas por alterações moleculares e eletroencefalográficas no próprio cérebro. As duas principais cefaleias desse grupo sã a cefaleia tensional e a migrânea, sendo esta última popularmente conhecida como enxaqueca”, destaca.

O médico esclarece que os sintomas típicos da cefaleia tensional, por exemplo, são dores de cabeça, principalmente no final da tarde, após um dia de trabalho estressante, e quase sempre estão relacionadas a algum tipo de tensão emocional. “Já a enxaqueca aparece em crises, sendo dores de caráter latejante, com náuseas e vômitos associados, havendo uma piora com o período menstrual, por exemplo. Neste tipo de dor de cabeça está indicado, em casos selecionados, o uso do Botox, que é infiltrado em pontos cranianos específicos, obtendo-se melhora da dor por um mecanismo ainda desconhecido”, revela Dezena.

É o caso da enxaqueca crônica, aquela que ocorre em crises de no mínimo 15 dias de dor de cabeça por mês, com duração de mais de quatro horas por dia, por mais de três meses. No entanto, é imprescindível procurar um especialista, que fará o tratamento adequado para minimizar os danos ao paciente. O controle adequado da cefaleia pode evitar a longo prazo o surgimento de problemas como depressão, ansiedade e até doenças cardiovasculares. “É sempre importante buscar o auxílio de um especialista, pois a dor de cabeça pode ser sinal de uma doença mais grave, como, por exemplo, uma cefaleia decorrente de um tumor cerebral. Esta seria classificada como cefaleia secundária”, alerta o neurocirurgião.

Estudo da Organização Mundial da Saúde mostra ainda que 50% das pessoas com dor de cabeça praticam a automedicação sem ter tido nenhum contato com o profissional da saúde. “A automedicação nunca é recomendada, pois pode trazer complicações sistêmicas, como problemas gástricos e renais. Portanto, a principal recomendação para dores de cabeça é sempre procurar auxílio médico”, orienta Roberto Dezena.

 

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