SAÚDE

Saiba como se adaptar ao fim de mais um horário de verão

Segundo o especialista, essa mudança nada mais é do que a volta ao horário antigo, ao qual o organismo está mais condicionado

Publicado em 22/02/2010 às 14:14Atualizado em 20/12/2022 às 07:59
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Emerson Milhorin salienta que a reparação do sono deve ser feita paulatinamente

 O horário de verão terminou à meia-noite deste domingo, 21. Atrasamos os relógios em uma hora, o que certamente causará novos transtornos no sono e na vida de muitas pessoas, por vários dias. Por isso, o Jornal da Manhã conversou com o neurologista Emerson Milhorin Oliveira, que explica a importância de um sono reparador e faz recomendações para que esta transição de horário seja o mais tranquila possível. Segundo o especialista, essa mudança nada mais é do que a volta ao horário antigo, ao qual o organismo está mais condicionado. Mesmo assim, a adaptação será difícil. A primeira coisa é entender como o sono funciona. “O sono não é algo uniforme, tem uma sequência de quatro fases. Quando deitamos, temos sonolência e, à medida que as ondas cerebrais vão ficando mais lentas, vão se aprofundando as fases. O metabolismo fica cada vez mais lento, aumentando o relaxamento, até chegarmos à fase em que realmente estamos descansando. Fase fundamental para registrar a memória, facilitar o aprendizado, descansar, melhorar o humor, a musculatura e o condicionamento cardiorrespiratório”, explica.   E para que o organismo não seja prejudicado pela variação de horário no sono, causado pelo fim do horário de verão, de acordo com Milhorin, serão necessárias várias noites de sono diferenciado para reparar uma noite maldormida. “Para cada noite que se dorme mal, é preciso que se reponha várias boas noites para regularizar”, afirma. Esse tempo pode variar de três a sete noites. “Nas noites posteriores, a readaptação pode ser feita se a pessoa dormir um pouco mais cedo ou acordar um pouco mais tarde”, recomenda o neurologista.   Um ponto fundamental destacado pelo médico é que o sono é fundamental para o processo de memorização e aprendizado. “A pessoa que dorme mal está sujeita a mais erros e falhas de memória”. Além disso, dormir mal engorda, pois aumenta a secreção de cortisol no organismo, fazendo com que a pessoa retenha mais gordura. “Um sono ruim também reduz as defesas imunológicas e a pessoa fica mais sujeita a infecções, por exemplo”, alerta Milhorin.   Para aqueles que já sofrem com alguma dificuldade para dormir ou costumam acordar cansados, o especialista recomenda observar se algo atrapalha o sono. “Dormir bem não significa dormir muito. Irritabilidade, falta de memória, fraqueza muscular podem ser sinais de sono atrasado, mas também de distúrbios como ansiedade, depressão, síndrome das pernas inquietas”, frisa. Segundo Milhorin, pessoas que acordam com dores musculares, principalmente na região do pescoço e ombro, sono não restaurativo e distúrbio de humor podem apresentar doenças crônicas, como fibromialgia, que pode estar associada à depressão.   Dicas - evite calor e frio excessivo; - escolha colchão e travesseiro adequados e ambiente silencioso; - não pratique exercícios intensos antes de dormir; - diminua a luminosidade do ambiente, evite televisão, computador ou relógio luminoso ligados; - evite banhos frios ou muito quentes antes de dormir; - não durma além do necessário; - procure dormir mais cedo nos próximos dias, para se adaptar ao novo horário; - tirar um cochilo de 20 a 40 minutos após o almoço pode ser reparador.

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