SAÚDE

Salto alto deforma os pés, afirma ortopedista

A maioria das pessoas que usam salto muito alto tem calosidades nos dedos dos pés e começa a fazer deformidades na articulação do primeiro dedo, o popular joanete

Thassiana Macedo
Publicado em 28/10/2013 às 13:22Atualizado em 19/12/2022 às 10:28
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Reprodução

As usuárias de saltos mais altos relataram encurtamento muscular, calos, bolhas e diminuição da força muscular

A moda prega a ideia de que o salto alto deixa qualquer mulher mais bonita e sofisticada, no entanto, a custo de muitos prejuízos à saúde. Pesquisa realizada pelo curso de Fisioterapia da Universidade de Passo Fundo (UPF) e divulgada pelo Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, avaliou 45 jovens, divididas em três grupos: usuárias de saltos com altura entre zero e três centímetros; saltos com altura entre três e sete centímetros, e saltos de sete a 10 centímetros. As usuárias de saltos mais altos relataram encurtamento muscular, calos, bolhas, diminuição da força muscular e dores nas costas e nos joelhos, mais do que as outras.

De acordo com o ortopedista Constantino George Calapodopulos, os prejuízos causados pelo uso excessivo ou inadequado do salto alto se devem ao fato de que o salto transfere todo o peso do corpo da parte de trás do pé, conhecida como retropé, para a frente. “E aí a pessoa começa a desenvolver deformidades nos dedos. A maioria das pessoas que usam salto muito alto tem calosidades nos dedos dos pés e começa a fazer deformidades na articulação do primeiro dedo, o popular joanete. Muitas vezes, o joanete tem também como causa o uso de sapatos de bico fino, apertados e de salto alto”.

No entanto, o especialista ressalta outros problemas que podem ser provocados pelo uso do salto alto, como o estiramento da musculatura que mantém a pessoa em pé. “Neste caso, o salto acaba causando um cansaço precoce, ou seja, a pessoa se cansa rapidamente, o que acaba gerando dor, às vezes até na coluna vertebral. Aquelas pessoas, por exemplo, que têm algum desvio, como escoliose, ou apresentam alteração na bacia, com o uso do salto alto, normalmente acabam tendo transtornos muito grandes na coluna vertebral”, alerta o especialista.

O ortopedista ressalta que as sandálias do tipo rasteirinhas também produzem prejuízos, mas no sentido inverso. “A pessoa acaba fazendo um contato maior com a parte posterior do pé, ou seja, no calcanhar, e desenvolve o que muita gente conhece por esporão, mas que na verdade é uma fasceíte plantar, um processo inflamatório da planta do pé. Quando usa rasterinhas, o indivíduo joga toda a carga do corpo em cima do calcanhar, o que também causa dor. Portanto, é preciso ter uma combinação ideal de sapatos,

que não devem ser muito altos e sem salto”, esclarece.

Calapodopulos destaca que todo sapato deve ter no mínimo dois centímetros de salto e no máximo quatro ou cinco centímetros. Se mesmo assim, a mulher quiser usar um sapato com salto de altura superior, basta que intercale o calçado com outros mais confortáveis e evite usá-lo por longo período de tempo. O mesmo vale para o sapatênis, que para os homens funciona da mesma maneira que as rasteirinhas.

O importante é ter uma pequena elevação do calcanhar em relação à parte da frente do pé. Para crianças, o salto, mesmo baixo, só é aconselhável depois da principal fase de crescimento, que dura até por volta dos dois anos e meio.

 

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