Estudo do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional avaliou 45 jovens, divididas em três grupos: usuárias de saltos com altura entre zero e três centímetros, saltos com altura entre três e sete centímetros e saltos de sete a 10 centímetros. As usuárias de saltos mais altos relataram encurtamento muscular, calos, bolhas, diminuição da força muscular, assim como as de calçados sem salto, informaram também mais dores nas costas e nos joelhos do que as outras.
O ortopedista Constantino George Calapodópulos ressalta que as sandálias rasteirinhas também produzem prejuízos, mas no sentido inverso. “A pessoa acaba fazendo um contato maior com a parte do pé, ou seja, no calcanhar, e desenvolve o que muitas pessoas chamam de esporão, mas que na verdade é uma fasceíte plantar, ou seja, um processo inflamatório da planta do pé. Então o indivíduo joga toda a carga do corpo em cima do calcanhar quando usa rasteirinha e isso também causa dor. Então é preciso ter uma combinação ideal de sapatos, que não devem ser muito altos e sem salto”, esclarece o médico.
Calapodópulos destaca que todo sapato deve ter no mínimo dois centímetros de salto e no máximo quatro ou cinco centímetros, mas se mesmo assim a mulher quiser usar um sapato com salto de altura superior basta que intercale o calçado com outros mais confortáveis e evite usá-lo por longo período de tempo. O mesmo vale para o sapatênis, que para os homens funciona da mesma maneira que a rasteirinha. “O importante é ter uma pequena elevação do calcanhar em relação à parte da frente do pé. Para crianças, o salto, mesmo baixo, só é aconselhável depois da principal fase de crescimento que dura até por volta dos dois anos e meio”, frisa.
O uso do salto alto só é saudável para mulheres que possuem tendência genética ao encurtamento da musculatura da panturrilha, mas nestes casos, os saltos devem ter até três centímetros.