Portarias de número 7, 8 e 9 da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, pasta ligada ao Ministério da Saúde, publicadas no Diário Oficial da União, incorporam ao Sistema Único de Saúde (SUS) o exame PET-CT. O procedimento é uma modalidade de diagnóstico por imagem que permite avaliar funções importantes do corpo para a detecção de câncer de pulmão de células não-pequenas, metástase de câncer colorretal, além de linfoma de Hodgkin e linfoma não Hodkin. Neste último caso, também haverá avaliação da resposta do tratamento.
Todas as portarias já entraram em vigor. A recomendação foi feita pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, o Conitec. E o objetivo do exame é determinar a taxa de crescimento do tumor, a extensão da doença, o tipo de tumor e sua relação com o hospedeiro. Em Uberaba, o Hospital do Câncer – Dr. Hélio Angotti ainda não possui o equipamento, mas o exame, agora incorporado ao SUS, fará importante diferença no tratamento de variados tipos de câncer na região.
Atualmente, exames como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada não têm o mesmo grau de precisão obtido com o PET-CT. Em 30% dos casos, após a realização do procedimento, o médico muda a forma de tratamento que vinha sendo empregada. Cada exame custa, em média, entre R$ 3,5 mil e R$ 4 mil.
O exame PET-CT realiza em torno de 1,5 mil imagens simultâneas de todo o corpo do paciente para reconstruir em três dimensões um retrato fiel do organismo, capaz de identificar as menores alterações que possam indicar a existência de um tumor. Ele é também o mais indicado para acompanhar o desenvolvimento e a resposta aos medicamentos dos tumores. Para isso, o exame utiliza uma injeção de radiofármaco. Trata-se de solução de glicose marcada por material radioativo que, após sua distribuição pelo corpo, gera informações metabólicas das células.