Ministério da Saúde identifica vulnerabilidade de manicures e tatuadores com relação a contrair hepatites e lança o concurso cultural “Arte, Prevenção e Hepatites Virais” para este público, com o intuito de instruí-lo a se proteger contra este mal. Juliana Simões Campos trabalha como manicure e pedicure há 12 anos na cidade e observa que os profissionais da área, em Uberaba, estão se protegendo pouco, como também afirma ser difícil encontrar escolas de aperfeiçoamento.
De acordo com Juliana, existem duas formas de prevenção imediatas que ajudam a proteger o profissional.
“A questão é tomar a vacina contra a hepatite, mas o jeito mais fácil e correto de se prevenir é usar luvas. E para as minhas clientes eu peço que cada uma tenha seu kit. Graças a Deus, nunca aconteceu nenhum incidente comigo. Mesmo assim, faço exame de hepatite anualmente”, comenta Juliana.
A profissional salienta que a doença é mascarada e nunca se sabe quem a tem. Os cursos promovidos na cidade, segundo Juliana, são falhos. “A gente procura se informar com nossos médicos e as clientes médicas. Também são fontes de informação os sites de saúde. Em Uberaba, infelizmente, não há instruções atualizadas”, afirma.
De outro lado, a médica infectologista Danielle Borges Maciel afirma que já proferiu palestras de orientação sobre o assunto para profissionais da beleza. “A informação é persistente, tanto da Secretaria Municipal de Saúde como do Ministério, que têm feito campanhas informativas para tentarmos atingir este público. Mas, quando se trata dessas doenças infecciosas ou sexualmente transmissíveis, o controle é difícil porque depende muito dos cuidados individuais de cada pessoa”, diz.
Ela também sugere o Centro de Testagem de Livre Demanda, que oferece o exame de sangue gratuitamente em testes de HIV e hepatite, de segunda a sexta-feira, pela manhã, na rua Marechal Deodoro, 32. “Todas as pessoas que quiserem, sem pedido médico ou encaminhamento, podem fazer o exame. Além disso, o tratamento também é feito neste local gratuitamente, com o acompanhamento de quatro especialistas, e os medicamentos são oferecidos pelo ministério. Temos muitas pessoas portadoras da doença que não se tratam”, conta a infectologista.