O Brasil possui 300 mil pessoas com síndrome de Down. Por isso, em março deste ano, o Ministério da Saúde abriu consulta pública para elaborar uma cartilha com o objetivo de orientar o atendimento a portadores da Síndrome de Down no país. Cinco meses depois, a pasta lança oficialmente as Diretrizes de Atenção à Saúde da Pessoa com síndrome de Down, com orientações aos profissionais de saúde, para garantir atendimento humanizado e qualificado aos portadores e à sua família.
Conforme nota do Ministério da Saúde, o documento foi construído com a colaboração de entidades sociais e especialistas no assunto. Deste documento foi organizada uma versão simplificada, denominada de Cuidados de Saúde às Pessoas com Síndrome de Down, elaborada em parceira com jovens portadores para que tivesse uma linguagem acessível.
No documento há informações que ajudam o profissional a identificar as características físicas da síndrome de Down, como pregas palpebrais oblíquas para cima, base nasal plana, face aplanada, protusão lingual, cabelo fino, entre
outras. Essas informações são importantes, embora não confirmem o diagnóstico, uma vez que já preparam o profissional para um acolhimento humanizado e a integralidade do cuidado à saúde. O documento traz recomendações aos profissionais sobre, por exemplo, como dar a notícia à família, eliminando dúvidas, incertezas e inseguranças com relação à saúde da criança e para que a família compreenda a necessidade dos exames e dos procedimentos solicitados para cada fase da vida.
O Ministério recomenda, no texto, que o exame ecocardiograma seja solicitado, já que 50% das crianças com a síndrome apresentam cardiopatias. Assim como hemograma para afastar a possibilidade de alterações hematológicas, como policitemia e leucemia. Os textos estão disponíveis no Portal da Saúde, www.saude.gov.br. (TM)