Quarta-feira, 24, é o Dia Mundial de Controle da Tuberculose, doença que atinge mais de 45 milhões de brasileiros, cerca de 6 mil morrem por ano por falta de diagnóstico ou tratamento incorreto. Por isso, com o objetivo de oferecer informações e orientações sobre a doença, a Secretaria Municipal de Saúde realiza hoje uma série de atividades no Calçadão da rua Arthur Machado, das 8h30 às 11h30. Aproximadamente 8% dos pacientes brasileiros que iniciam o tratamento abandonam a terapia, o que pode tornar o bacilo causador da tuberculose, resistente às drogas. A meta do Brasil é reduzir a taxa de abandono para menos de 5%, parâmetro usado pela Organização Mundial da Saúde. Segundo a referência técnica em Tuberculose do Município, Patrícia Borges D. Alexandre, durante todo o ano, a Secretaria realiza busca ativa de pessoas com os sintomas nas unidades de saúde e na comunidade, por meio de visitas feitas pelos agentes do Programa Saúde da Família. A referência ressalta que a tuberculose não é doença do passado. “É uma doença altamente contagiosa, que pode matar, mas tem cura e o remédio é gratuito”. Em Uberaba, foram identificados 74 casos de tuberculose em 2008. Já em 2009, diagnosticou-se mais de 80 novos casos. A mobilização busca abordar a doença em seus aspectos: educativo, social, preventivo, de diagnóstico e tratamento, para reduzir o abandono do tratamento, o aumento na detecção e cura de casos notificados. Doença. A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria, Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch, que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em ossos, rins e meninges, as membranas que envolvem o cérebro. Assim, os cuidados são específicos. “A do tipo pulmonar, os cuidados são respiratórios: abrir a casa, fazer limpeza com pano úmido, deixar o sol entrar, pois as bactérias são sensíveis ao calor; evitar dormir no mesmo quarto que o doente, separar talheres e copos, mas isso somente nos primeiros 15 dias de tratamento, período em que ela é transmitida”, explica Patrícia. Os outros tipos não exigem restrições. “É válido lembrar que os sintomas respiratórios são importantes. Mesmo que a pessoa tenha uma bronquite ou outro problema respiratório, ela não pode deixar de procurar um médico. E não deve ter vergonha de estar doente. É preferível pensar na possibilidade de um tratamento e cura a sofrer as consequências da tuberculose”, completa Patrícia. Tratamento. O remédio é disponibilizado no Centro de Saúde Eurico Vilela e nas Unidades de Saúde. Dura 6 meses e é preciso tomá-lo todos os dias. O doente deve comparecer ao serviço de acompanhamento mensalmente, para avaliar a evolução do tratamento.