Em Minas Gerais, estima-se que existam em torno de 2,7 milhões de hipertensos e os números tendem a aumentar devido às mudanças no padrão alimentar, à redução da atividade física e ao acelerado envelhecimento populacional. Considerada como “inimiga silenciosa”, a hipertensão arterial atinge em torno de 22% da população, com idade de 18 anos ou mais, o que representa 26,5 milhões de pessoas. Esses números integram a pesquisa do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde. A ausência de sintomas bem definidos retarda o diagnóstico da doença, que, muitas vezes, é feito somente quando aparecem problemas mais sérios, entre eles os comprometimentos vasculares, tanto cerebrais quanto cardíacos. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão, dentre os fatores de risco para mortalidade, a hipertensão explica 40% das mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e 25% daquelas por doença coronariana. A hipertensão arterial sistêmica é, na atualidade, um dos principais motivos de consultas com profissionais de saúde e de prescrição farmacológica em todo o mundo. Popularmente conhecida como “Pressão Alta”, pode ser vista como uma doença ou, conforme a tendência mais atual, como um fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, pelo fato de, na maioria das vezes, não provocar sintomas ou os sintomas serem gerais, como dor de cabeça, tonturas e mal-estar. A organização da Rede de Atenção aos Portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus (Rede Hiperdia) objetiva integrar as ações do Governo de Minas, nos diferentes níveis de complexidade do sistema de saúde, para reduzir os fatores de risco e a morbimortalidade pela Hipertensão Arterial e pelo Diabetes Mellitus e suas complicações.
O foco é priorizar a promoção de hábitos saudáveis de vida, a prevenção e o diagnóstico precoce e a atenção de qualidade para os portadores dessas patologias. Com a Rede Hiperdia, espera-se uma reestruturação, ampliação e maior resolutividade dos serviços de saúde prestados a esses pacientes na rede pública de serviços de saúde do Estado, melhorando a expectativa e qualidade de vida da população em geral.