No Dia Nacional de Luta contra a Hanseníase será preparada uma mobilização no Calçadão da Arthur Machado, oferecendo orientação e encaminhamento de dúvidas sobre a doença mais antiga da humanidade, a hanseníase. A ação será no dia 27, quarta-feira, das 13h às 17h, com a presença de enfermeiros e médicos no centro da cidade. De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Eliane de Lacerda Damasceno, os profissionais vão oferecer orientações sobre como identificar a mancha que indica a doença, dando ênfase à importância da prevenção e indicando os serviços de saúde que a população pode procurar. “Temos em Uberaba o Programa de Hanseníase, realizado no Centro de Referência em Saúde Eurico Vilela, mas todas as Unidades de Saúde estão preparadas para atender as pessoas que têm a suspeita da doença ou dúvidas sobre o assunto. O Centro faz os exames e, se for comprovado que é hanseníase, o paciente voltará às respectivas unidades para fazer o tratamento, perto de casa”, destaca. O enfermeiro Evaldo Gusmão da Silva, do Centro de Referência, explica que as pessoas devem estar atentas a qualquer mancha na pele e com perda de sensibilidade. “E mesmo sem mancha, que observe a presença de área dormente. Juntamente com as manchas podem aparecer nódulos ou caroços que precisam ser investigados”. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais rápido é o tratamento. Na forma inicial, leva seis meses, enquanto nas formas avançadas a duração máxima é de um ano. Na primeira fase, a doença não é contagiosa, mas, se não for tratada e curada, pode evoluir para a forma contagiosa. “A doença tem cura em qualquer fase, mas nas formas mais avançadas é mais complicado, pois gera incapacidades físicas, deformidades neurológicas, podendo ainda atacar os olhos e causar cegueira, além de passar a ser transmissível”, alerta. A hanseníase, ainda hoje, é diagnosticada em todo o país em estágio avançado. Segundo o enfermeiro, existem casos chamados de subnotificados, em que a população confunde o problema com outras doenças. “Isto porque ela desconhece os sinais e sintomas da doença. Hoje fazemos o diagnóstico com a doença já instalada há 10 ou 15 anos e em estágio muito avançada”. Evaldo destaca que apenas quando o problema está incapacitando é que as pessoas procuram ajuda médica, por isso é importante prevenir.