Estudo mostra que o estilo de vida sedentário do brasileiro é o responsável por 13,2% de todas as mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama ou colorretal. No Brasil, o sedentarismo é a causa de 8,2% dos casos de doenças cardíacas, 10,1% dos casos de diabetes tipo 2, 13,4% dos casos de câncer de mama e 14,6% dos casos de câncer de cólon.
Neste sentido, o biólogo Roberto Carlos Burini, especialista em metabolismo, exercício e nutrição, informa que o sedentarismo é tão prejudicial quanto outros hábitos de vida. “Apenas recentemente o tabagismo foi banido. Os efeitos maléficos do tabagismo sempre foram conhecidos, mas inexistia um aspecto biológico convincente, o que foi feito recentemente, quando se verificou e se comprovou que um dos componentes do tabagismo derivados da nicotina tinha ação cancerígena, possibilitando uma ação efetiva contra o tabagismo. Sendo assim, esse indicador não existe para o sedentarismo. Na verdade, verificam-se pressuposições, ou seja, existem dados epidemiológicos que associam o sedentarismo ao desenvolvimento de doenças, mas não há ainda um efeito visto como causa definitiva”, esclarece.
Em razão disso, os pesquisadores responsáveis pelo estudo publicado na revista médica Lancet, que relaciona o número de mortes causadas pela falta de exercício físico e as provocadas pelo tabagismo, afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade. Roberto Carlos Burini sugere, então, a criação de campanhas para alertar o público sobre os riscos da inatividade, em vez de somente lembrá-lo dos benefícios da prática de esportes ou de uma atividade física regular. (TM)