REPOSIÇÃO HORMONAL

Sem hormônios repositores na rede pública, atendimento à menopausa pode ser feito naturalmente

Rafaella Massa
Publicado em 09/04/2023 às 19:20
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Reposição hormonal (Foto/Reprodução)

A rede pública de saúde não conta com hormônios repositórios disponíveis para pacientes em Uberaba. É o que informa a ginecologista Paula Lenza, complementando que, com a indisponibilidade dos medicamentos, a saída é receitar as opções naturais. Na análise da especialista, apesar de mais lentas, as medicações naturais também apresentam resultados satisfatórios. 

As reposições hormonais são utilizadas para amenizar os sintomas da menopausa e do climatério. De acordo com a ginecologista, a reposição é para quem pode e para quem quer, devido a probabilidade de surgimento de complicações, dependendo da condição da paciente. 

“Porque tem muita paciente que quer usar e não pode justamente por ter um problema cardiovascular, por ser tabagista. Neste caso, a obesidade também aumenta o tromboembólico, então, a gente tem que evitar a reposição hormonal. Muitas pacientes que podem, não querem. Nem todas as pacientes vão ter aqueles sintomas da menopausa, como a onda de calor, irritabilidade, insônia, que são os mais comuns. Mas todas elas vão ter algum sintoma, que variam em mais de 300”, explica.

 Em entrevista à Rádio JM, nesta segunda-feira (27), Lenza pontuou que a rede pública não oferta nenhuma marca de hormônio repositor, que são medicamentos caros. “Não tem nenhum. Eu trabalho em uma unidade básica também e eu sinto falta, porque às vezes você vai prescrever para a cliente e acaba indo pela opção natural, porque ela não tem a condição de comprar e não são baratas as reposições hormonais”, esclarece. 

No entanto, Lenza reforça que os métodos naturais possuem eficácia científica comprovada. "Em algumas pacientes mais, outras menos, mas tem [eficácia] sim. Os naturais, a partir de 15 dias já começam a fazer efeito, e os hormonais, com um ou dois dias já começam a fazer diferença”, diz. 

Entre alguns métodos naturais citados pela médica estão o chá de folha de amora, soja e cimicifuga. “E uma coisa que eu sempre digo para as pacientes é que nós vamos usar a menor dose possível, pelo menor tempo possível. Elas perguntam: 'Até quando eu vou usar o hormônio' e eu sempre respondo que é até a próxima consulta, onde iremos reavaliar”, afirma.  

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