A média de consumo anual de pescado da população brasileira está por volta de 9kg por habitante, enquanto o recomendado pela Organização Mundial da Saúde é de 12kg
O peixe congelado deve estar armazenado a -25º e fresco, e, deve apresentar textura firme
Está previsto para o dia 1º de setembro a realização da 10ª Semana do Peixe, uma iniciativa da Comissão Organizadora do Ministério da Pesca e da Aquicultura que realizou negociações com empreendedores do setor para incremento da oferta e redução dos preços em supermercados e feiras livres. O objetivo é apoiar o consumo de espécies produzidas no Brasil, como é o caso do tambaqui, peixe que apresenta uma supersafra este ano.
Em todos os Estados serão promovidos eventos de incentivo ao consumo com a divulgação dos benefícios do pescado à saúde. “A ideia da Semana do Peixe é tentar incentivar a população brasileira a comer mais pescados. Todos sabem que o peixe é um alimento de excelente qualidade, que causa menos problemas do que as carnes bovinas e suínas, além de possuir propriedades nutricionais bastante relevantes para a saúde. Moramos em um país rico em água doce e com grande área costeira, mas não temos o hábito de consumir pescados. Nosso consumo sempre foi baixo, exceto na região da Amazônia”, esclarece o biólogo Wagner Valenti.
O nutricionista Carlos Chagas atesta que o consumo regular de peixes realmente traz muitos benefícios à saúde. “Os peixes são excelentes fontes de proteína, de fácil digestão, é um alimento que tem um teor reduzido de gordura em relação a outras carnes, além de ter gordura de boa qualidade. São ácidos graxos que vão desempenhar funções específicas no organismo, diferentes das gorduras que estão presentes em carnes vermelhas, por exemplo, geralmente associadas ao risco de algumas doenças. O consumo de peixes reduz o risco de doenças cardiovasculares”, afirma.
No entanto, o especialista destaca que para obter os benefícios do alimento é fundamental privilegiar o consumo de peixes cozidos. “A melhor forma de consumir o peixe seria fazê-lo assado ou cozido, visto que a fritura adiciona gordura ruim ao alimento. Como o objetivo é reduzir o risco de doenças, obviamente que não se deve estimular esse tipo de preparo. Existem várias formas de se cozinhar um peixe e diversas separações muito típicas das regiões do Brasil, como preparação marinada em vinagre ou cozido com legumes. Essas variadas formas de preparação favorecem a inclusão dos peixes na alimentação do dia-a-dia sem grande estresse”, ressalta o nutricionista.