Aideia de fazer um simpósio surgiu a partir dos alunos da 15ª turma de Biomedicina na UFTM
Acontece hoje e amanhã o 1º Simpósio de Infertilidade e Reprodução Assistida, que será realizado no anfiteatro A do Centro Educacional e Administrativo da UFTM. A abertura acontecerá às 19h, seguida de palestra sobre Propedêutica do Casal Infértil, com a professora Mariana Kefalás Oliveira Gomes.
A ideia de fazer um simpósio surgiu a partir dos alunos da 15ª turma de Biomedicina na UFTM, que sugeriram um simpósio que trouxesse novidades e estudos na área. A infertilidade acomete 15% dos casais, ou seja, um em cada seis sofre com esse problema de saúde, causando alteração emocional e estrutural do casal, podendo ter causas femininas e masculinas. Segundo Mariana Kefalás, 35% dos casos estão relacionados a problemas com os homens, 35% com as mulheres, 20% envolvem os dois e 10% não possuem causa aparente, podendo estar relacionados com alterações genéticas.
“O tempo de tentativa é levado em consideração, já que o mal do século é a ansiedade, um casal pode estar apenas há 6 meses tentando e se considerar infértil. Cerca de 90% das pacientes chegam a engravidar nos dois primeiros anos de tentativa. Assim, levamos em consideração para investigar um casal infértil, a partir de um a dois anos de tentativa, dependendo da idade da mulher”, diz. A especialista afirma que, para as pacientes mais jovens, é orientado esperar os dois anos de tentativa, ao invés de se iniciar com intervenções médicas. Já para as mulheres um pouco mais velhas, a investigação é iniciada a partir de um ano, verificando se há algum problema com os dois, como infecção no útero ou nas trompas ou trauma testicular.
Atualmente, há uma forma de tratamento para quase todos os tipos de infertilidade. “Existem os tratamentos de baixa complexidade, com uso de medicações hormonais via oral ou via injetável e acompanhamento com ultra-som para verificar a ovulação. À medida que são feitas as intervenções, a complexidade do tratamento vai aumentando. Dentre os mais complexos temos a inseminação, na qual o sêmen é recolhido, tendo sua qualidade melhorada para ser colocado no útero da mulher, e mais raramente, o tratamento com bebê de proveta, ou fertilização assistida”, explica. Neste último caso, segundo ela, a taxa de sucesso ainda é muito baixa, em torno de 40%.