O último LIRAa realizado na cidade detectou a presença do mosquito no nível 3,4%, elevando Uberaba para o estado de alerta
Paulo Cezar alerta para a possibilidade de o vírus tipo 4 da dengue chegar a Uberaba durante o carnaval
Após surgir em território paulista na região de São José do Rio Preto, norte do Estado, no primeiro semestre do ano passado, o tipo quatro da dengue chegou agora à cidade de Serrana, na região de Ribeirão Preto. O município confirmou, nesta semana, o primeiro caso da doença com esse sorotipo. Assim como ocorreu no caso diagnosticado na cidade de Frutal, em Minas Gerais, este também é tratado pela Secretaria de Saúde da cidade como “importado” do Piauí. No entanto, a reportagem procurou a Superintendência Regional de Saúde em Uberaba (SRS), que não descarta a possibilidade de haver uma epidemia do novo tipo de dengue na região do Triângulo Mineiro.
De acordo com Paulo Cezar de Souza, autoridade sanitária e referência técnica em Dengue da SRS, se acontecer de o vírus entrar na região, há condições propícias para uma possível nova epidemia de dengue na cidade. “Porque temos aqui a presença do vetor, que no último LIRAa (Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti) foi de 3,4%, elevando esta cidade para o estado de alerta”, destaca.
O especialista explica que existe a possibilidade de o novo vírus chegar a Uberaba este ano, pois o município recebe pessoas de vários locais do país. “Recentemente, o Rio de Janeiro também isolou o vírus tipo 4. Outro fator importante é que temos a presença do vetor em todos os bairros da cidade. Além disso, temos agora também o carnaval, que é um verdadeiro disseminador do vírus”, alerta Paulo Cezar.
Quanto ao monitoramento de casos, o técnico em Dengue ressalta que a única maneira de realizá-lo é via laboratorial e de forma oportuna. “Para isto devemos aprimorar a investigação, garantindo a notificação e daí tentarmos fazer o isolamento viral. A SRS Uberaba, através do Laboratório Regional de Saúde Pública, faz este monitoramento do vírus e coordena, acompanha e capacita os municípios. Além disso, acompanha os trabalhos de controle vetorial de todos os 27 municípios da regional, repassando inseticidas, tecnologias, capacitações e supervisão, alem de material de divulgação”, frisa Souza.
Como referência técnica em Dengue, Paulo Cezar Souza afirma que a Superitendência de Saúde e o município estão preparados para a possibilidade de uma epidemia na região, mas continua cabendo à população evitar a proliferação do mosquito transmissor da doença, através da limpeza de calhas, caixas d’água, quintais, vasos de plantas, bebedouros de animais etc.