Suplemento pode engordar e causar sobrecarga no sistema renal

Ficar mais bonito com o menor esforço. Esta é a postura de milhares de pessoas quando se referem aos cuidados com o corpo. Cada vez mais na moda, os suplementos alimentares estão sendo usados de forma incorreta e provocando sérios problemas à saúde.

Suplementos alimentares e/ou vitamínicos possuem substâncias à base de proteínas, aminoácidos e açúcares que podem contribuir para o melhor desempenho em atividades físicas quando usados de forma correta. Eles fornecem energia e aumentam a massa muscular. Determinadas substâncias e cápsulas que prometem acelerar o metabolismo, como se fossem emagrecedores, devem ser vistas com reservas. “As pessoas devem tomar cuidado com o tipo de suplementos alimentares e substâncias que são chamadas de suplementos, mas que não têm este fim”, informa a nutricionista Tânia Mara Sarraff Moreira.

Sob a orientação de um profissional nutricionista, a pessoa deve fazer exames laboratoriais para determinar qual o tipo de suplemento é mais adequado para ele e avaliar sua dieta habitual. “O fato de tomar um suplemento não exime a pessoa de fazer uma boa alimentação”, atesta Tânia.

Após identificar as necessidades do corpo, que deve estar em perfeitas condições, e ajustar a devida quantidade do suplemento alimentar, a pessoa deve ficar atenta à forma de tomar esse suplemento que lhe foi indicado, porque há suplementos pré-atividade e pós-atividade, que não podem ser alterados. O excesso da substância e a inadequação na forma de tomar, de acordo com alguns estudos, têm demonstrado problemas intestinais e doenças renais e hepáticas. “Os suplementos, além de caros, quando consumidos sem a devida orientação, podem trazer resultados negativos, como os já citados, gerando sobrecarga do sistema renal ou problemas no fígado e até mesmo aumento de peso. A excessiva busca pelo chamado ‘corpo perfeito’ pode prejudicar a saúde”, alerta a nutricionista.

No Brasil, os suplementos só podem ser comercializados depois de avaliados quanto à segurança de uso e registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que tem se preocupado com a forma de publicidade dos produtos e alertado para excessos no uso. “Nos últimos anos, a visão do que é suplementação mudou. As normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) modificaram substancialmente a maneira com que esses produtos são apresentados. Além da mudança na publicidade, nova resolução adotada pela Anvisa passou a exigir que todos os produtos tragam mensagens de alerta ao consumidor sobre a importância de uma boa alimentação”, explica Tânia.

“O mais importante continua sendo uma alimentação saudável e equilibrada”, finaliza a nutricionista.