SAÚDE

Surtos isolados podem indicar que leishmaniose está chegando

A leishmaniose é uma doença tipicamente tropical, causada por protozoários do gênero Leishmania. Apesar de não ser uma patologia de fácil transmissão

Publicado em 18/03/2013 às 09:13Atualizado em 19/12/2022 às 14:09
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Segundo Antônio Campos Neto, o Triângulo Mineiro sempre foi muito protegido contra a leishmaniose

A leishmaniose é uma doença tipicamente tropical, causada por protozoários do gênero Leishmania. Apesar de não ser uma patologia de fácil transmissão, uma vez que precisa de um vetor, ou seja, mosquito picar um indivíduo contaminado antes, é sempre importante estar alerta quanto aos sintomas.

De acordo com Antônio Campos Neto, médico uberabense formado na UFTM, mas há anos radicado em Boston (EUA), onde realiza pesquisas sobre a doença, o Triângulo Mineiro sempre foi muito protegido contra a leishmaniose, mas recentemente, surtos esporádicos dão sinal de que a patologia pode estar chegando à região. “É uma doença difícil de controlar, porque é fundamental tentar eliminar o transmissor. São insetos espertos, que conseguem se esconder até mesmo dentro de um tronco seco de uma árvore qualquer”, alerta o imunologista.

Ele explica que existem duas formas da doença.

A leishmaniose visceral atinge vísceras internas, tipo baço, fígado, medula óssea, e quando não tratada evolui e pode levar à morte até 90% dos doentes. “São mais de meio milhão de pessoas por ano”. Os sintomas mais frequentes são febre, emagrecimento, complicações cardíacas e circulatórias, desânimo, prostração, apatia e palidez. Pode haver tosse, diarreia, respiração acelerada, hemorragias e sinais de infecções associadas.

Já a forma cutânea se apresenta como ferida na pele e é causada por um micróbio diferente do que causa a visceral. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta. Quando atingem o nariz, podem ocorrer entupimentos, sangramentos, coriza e aparecimento de crostas e feridas. Na garganta, dor ao engolir, rouquidão e tosse. “Essa forma causa lesões em qualquer área exposta do corpo humano. Não é fatal, mas é muito desfigurante e deixa cicatrizes enormes”, pontua.

O SUS oferece tratamento específico e gratuito para a doença, com o uso de medicamentos específicos à base de antimônio, repouso e boa alimentação. “O tratamento prolongado e as drogas existentes são extremamente tóxicas. Assim como a tuberculose, o indivíduo é tratado, mas não é esterilizado, ou seja, continua infectado”, acrescenta.

Em relação ao grupo de trabalho dos especialistas a que pertence, Antônio explica que estudam fundamentalmente a forma de desenvolver um diagnóstico melhor, principalmente para a forma visceral, e vacinas de prevenção.

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