SAÚDE

Tabagismo é fator de risco para derrame e infarto do miocárdio

Fumantes têm o dobro do risco de contrair infecções respiratórias bacterianas e virais, desenvolver câncer e doenças vasculares

Publicado em 13/12/2011 às 10:01Atualizado em 19/12/2022 às 21:01
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Investigações mostram que o tabagismo é responsável por 75% dos casos de bronquite crônica e enfisema pulmonar, por 80% dos casos de câncer do pulmão e por 25% dos casos de infarto do miocárdio. Além disso, segundo pesquisas, os fumantes têm o dobro do risco de contrair infecções respiratórias bacterianas e virais, câncer da boca, na laringe, no esôfago, no pâncreas, nos rins, na bexiga e de colo do útero, como também doenças do sistema circulatório, aneurisma da aorta, problemas vasculares cerebrais e arteriosclerose.

Segundo o cardiologista Achilles Gustavo da Silva, as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo. Entre elas as que mais matam são derrame e infarto. “Tanto o infarto quanto a doença cerebrovascular, que é o AVC ou derrame, têm alguns fatores de risco em comum. A causa, na maioria das vezes, é a mesma, a placa de gordura ou a arteriosclerose, que têm como fatores de risco o tabagismo, a dieta hipercalórica, o sedentarismo, a obesidade e o diabetes”, revela o especialista em medicina invasiva.

Achilles alerta que a arteriosclerose é uma doença coronariana, ou seja, causada pela presença de gordura que entope as artérias, podendo se manifestar de três formas: a angina – dor no peito ao andar ou praticar atividade física; infarto – dor forte e mais duradoura, que pode surgir mesmo que a pessoa esteja em repouso, e morte súbita. “No caso de senhoras de baixa estatura, obesas e/ou diabéticas, a doença coronariana pode se manifestar através de sintomas atípicos, como falta de ar, dor na mandíbula ou dor epigástrica, ou seja, acima do estômago”, afirma.

Para ele, pessoas que possuem esses fatores de risco, como ser fumante, sofrer de diabetes e obesidade precisam passar por investigação clínica, geralmente através de teste ergométrico e a cintilografia, por exemplo. “O paciente que já está com dores no peito ou tem sintoma compatível com infarto precisa ser imediatamente avaliado em um pronto-socorro para saber se ele tem alteração de eletro”, frisa Achilles.

Tratamento. O ideal, segundo o especialista, é procurar o cardiologista em atendimento ambulatorial pelo menos uma vez por ano ou a cada seis meses, no caso de possuir algum fator de risco. Se for necessário tratar a doença coronariana, também existem três alternativas, sendo o tratamento clínico, com o uso de medicamentos específicos; a cirurgia de revascularização ou colocar uma ponte de safena, e a angioplastia, com stents. “Para cada manifestação, e dependendo do tipo de lesão, optamos por uma ou outra, ou as combinando. Nessa área, o que temos de mais moderno são as medicações, assim como os dispositivos têm melhorado. Hoje usamos stents farmacológicos com a liberação de substâncias que têm resultado melhor do que o stent convencional”, esclarece o cardiologista.

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