SAÚDE

Técnica por ondas de choque permite regeneração de tecidos

Tratamento estimula o processo de regeneração de tecidos, cartilagens e ossos e, ainda, tem ação analgésica, já que a principal queixa dos pacientes é a dor

Thassiana Macedo
Publicado em 05/04/2014 às 17:36Atualizado em 19/12/2022 às 08:20
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Nova modalidade de tratamento para os pacientes com problemas músculo-esqueléticos, como tendinites que não melhoram com os tratamentos habituais, dores musculares crônicas e falhas na consolidação de fraturas, tem ganhado espaço no rol de terapias alternativas às cirurgias. Conhecido como tratamento por ondas de choque, a medida utiliza de impulsos acústicos de características definidas por alta intensidade de energia, seguida por rápido decréscimo, chegando a pressões negativas para obter resultados satisfatórios.

O ortopedista José Fábio Lana, especialista em Medicina Esportiva e Regenerativa, explica que este gradiente de pressão muito rápido, medido em nanossegundos, e de alta frequência, causa nos tecidos fenômeno denominado cavitação, no qual são geradas microbolhas. “O impacto mecânico e a eclosão dessas microbolhas promovem série de alterações conforme a intensidade da força destas ondas ao atingir o tecido a ser tratado. Esta energia tem o potencial de promover a cura, desencadeando processos de regeneração dos tendões e dos tecidos moles”, destaca.

Segundo o médico, são necessárias de uma a três sessões com o aparelho para que o local em tratamento passe por processos terapêuticos importantes. “Indução de neovascularização, ou seja, a formação de novos vasos sanguíneos e o aumento do fluxo de sangue no local afetado, o que, consequentemente, melhora a irrigação, a oxigenação e a reabsorção dos depósitos calcários, bem como a cicatrização. O tratamento estimula o processo de regeneração de tecidos, cartilagens e ossos e, ainda, tem ação analgésica, já que a principal queixa dos pacientes é a dor”, alerta.

Lana ressalta que esse tratamento é indicado para pacientes que já tentaram outros tratamentos conservadores e não conseguiram curar sua doença. “Têm um perfil de segurança muito alto por não ser invasivo e é utilizado no Brasil há mais de 10 anos, com resultados positivos de 70% a 85% dos pacientes tratados. A indicação de terapia por ondas de choque deve ser estabelecida para pacientes avaliados do ponto de vista clínico e com apoio diagnóstico de exame de imagem, como radiografia, ultrassom e/ou ressonância magnética”, reforça o especialista.

A terapia por ondas de choque tem demonstrado efeitos positivos no tratamento de dores de pacientes que sofrem de doenças como calcificação do ombro, cotovelo de tenista, esporão de calcâneo com dores crônicas no calcanhar, artrose, tendinite do tendão de aquiles e síndrome da patela, que são as dores crônicas no joelho, entre outras. No Brasil este tratamento é aprovado pela Vigilância Sanitária e existe a Sociedade Brasileira de Terapia por Onda de Choque (SBTOC), que é reconhecida pela Sociedade Brasileira de Ortopedia (SBOT).

 

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