O comprometimento cognitivo é comum em pacientes diagnosticados com Esclerose Múltipla, sendo funções neurológicas afetadas pela doença, com a velocidade de processamento de informação, necessária, por exemplo, quando uma pessoa dirige um carro; o raciocínio abstrato, que irá auxiliar no equilíbrio do orçamento doméstico; a memória recente, quando é necessário relembrar o nome de um antigo colega; a fluência verbal, quando a pessoa não encontra a palavra correta durante uma conversa; e o julgamento e tomada de decisão, essenciais para que a pessoa julgue os prós e contras ao fazer uma escolha.
As causas ainda são pouco conhecidas, mas segundo o neurologista Lineu Miziara, estudos indicam um caráter genético, além de fatores ambientais ligados aos mecanismos auto-imunes. “Mulheres são de duas a três vezes mais afetadas do que os homens. Esse fato se deve, provavelmente, à maior propensão a doenças inflamatórias e auto-imunes, relacionadas aos hormônios femininos”, frisa. A esclerose múltipla não tem cura, mas existem maneiras de criar qualidade de vida oferecendo ao portador um controle sobre a doença, com medicamentos, fisioterapias e psicoterapias.
Embora não haja evidências do efeito da dieta sobre a progressão da doença, estudos mostram que conumir alimentos, fontes de antioxidantes e ácidos graxos essenciais, trazem benefícios à saúde do cérebro.
Uma dieta rica em vitaminas B12 e E, esta encontrada em frutas e vegetais frescos, e minerais, como selênio, presente em grãos, peixes, ovos, queijos e carne, denominados antioxidantes, tem efeito protetor do cérebro contra inflamações causadas por radicais livres. Ácidos graxos essenciais, em especial o Ômega-3, presente em óleo de prímula e no óleo de girassol, além de peixes e na linhaça também atuam nos processos inflamatórios.