O diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) tem se tornado um aliado importante na abordagem terapêutica individual e para as medidas de controle
O diagnóstico laboratorial da infecção pelo vírus Influenza A (H1N1) tem se tornado um aliado importante na abordagem terapêutica individual e para as medidas de controle da doença conhecida como gripe suína. Principalmente pelo fato de que exames laboratoriais inespecíficos pouco auxiliam o diagnóstico, em especial, na fase de maior transmissão da doença, que engloba o período entre um dia antes do início dos sintomas até o sétimo dia de evolução. Recentemente, Uberaba passou a possuir o teste rápido para H1N1 na rede particular, o que auxiliará o diagnóstico de casos graves da gripe ou o descarte da suspeita.
O patologista Guilherme Ferreira de Oliveira explica que o médico deve avaliar em que casos esse teste deve ser utilizado para solucionar diagnósticos duvidosos. “Com o resultado, evita-se a administração de antibióticos desnecessariamente e ajuda a definir em que caso é indicada a utilização do medicamento Tamiflu. A gripe H1N1 tem sintomas muito parecidos com os de outras doenças. Na gripe, por exemplo, geralmente os sintomas são mais graves, mas eles são confundidos com os sinais de resfriados e de outras infecções respiratórias, causados por agentes bacterianos, e não apenas vírus. Quando são causados por bactérias, é a hora certa de usar antibióticos”, explica.
Oliveira afirma que o resfriado é caracterizado por um quadro leve de indisposição, tosse, congestão nasal e coriza, que não atrapalha a rotina diária. “A gripe agride o corpo suficientemente para deixar a pessoa indisposta e frequentemente de cama. A febre é mais alta e a dor no corpo e o cansaço são maiores. Quando os sintomas são mais intensos, é muito importante o paciente procurar um médico para que ele possa diferenciá-la de outras doenças. Tudo começa com a consulta médica. O teste é muito útil, pois vai auxiliar o médico a decidir quais são os casos mais graves, como aqueles que necessitam de internação, em que realmente é preciso o uso do Tamiflu ou a associação de antibióticos. O exame especifica se o vírus é do tipo A, ou do tipo A H1N1, ou, ainda, se é do grupo B. Essa informação é importante para a definição de usar o Tamiflu ou não”, completa.