As provas auxiliam no diagnóstico e avaliação de algumas doenças endocrinológicas, entre elas alterações na produção do hormônio do crescimento e disfunções na puberdade
Em constante atualização tecnológica, os laboratórios estão apostando em um método mais seguro para o diagnóstico de doenças, com a Sala de Provas Funcionais. Um ambiente onde são realizados os exames para avaliação da glicemia, da produção do hormônio de crescimento, de alterações na evolução da puberdade, de mudanças em hormônios produzidos pelas supra-renais e pela tireoide, entre outros. Os testes são realizados em uma sala exclusiva, com espaço físico adequado e confortável.
A endocrinologista pediátrica Márcia Regina Bedin explica que para a realização desses testes é indispensável acompanhamento de um médico, já que a maioria dos exames necessita da administração oral ou venosa de medicamentos, além de procedimentos em que o paciente recebe um atendimento especial. “O que acontece é que com os valores dos exames que colhemos em jejum, que chamamos de valores basais, muitas vezes não conseguimos chegar a um diagnóstico. Tanto na evolução da puberdade, sendo ela ou tardia ou avançada, como em relação à secreção de hormônios de crescimento, com diagnóstico de baixa estatura, por deficiência, não conseguimos chegar a um diagnóstico com esses valores basais. Então, os endocrinologistas lançam mão desses testes, nos quais são realizados alguns estímulos, na maioria das vezes, medicamentoso via oral, muscular ou endovenoso”, esclarece.
A partir desse estímulo realizado são colhidos outros exames em tempo pré-determinado, que pode variar entre uma a quatro horas, de acordo com a doença a ser analisada. Ou seja, as provas auxiliam no diagnóstico e avaliação de algumas doenças endocrinológicas, que são realizadas somente com indicação dos médicos dos pacientes.
Embora a endocrinologia pediátrica seja uma especialidade relativamente nova no mercado, vem atuando muito no diagnóstico e prevenção de vários problemas. A endocrinologista Márcia Bedin cita a importância do diagnóstico precoce em casos como o da obesidade infantil; da avaliação de baixa estatura, que aparece principalmente na fase escolar e pré-escolar; avaliação das alterações na evolução da puberdade, avaliação de quadros de diabetes infantil, especialmente o tipo 1, bem como avaliações da tireóide e de problemas ósseos relacionados às fraturas de repetição e mesmo a osteoporose, que pode aparecer ainda na infância.