Atualmente, ocorre o uso indiscriminado de testosterona por mulheres jovens. Com o objetivo apenas estético para “ficarem saradas, musculosas”, estimuladas principalmente pelo ambiente de algumas academias, elas utilizam o hormônio sem nenhuma indicação médica, compram sem receita e, o pior, não têm nem acompanhamento adequado. Essa é uma prática que os médicos não recomendam.
Segundo o endocrinologista Fillipo Pedrinola, os efeitos colaterais mais comumente observados sã engrossamento da voz, hipertrofia do clitóris, aumento de pelos, queda de cabelos, alteração de comportamento, o que leva à agressividade, sobrecarga do fígado e piora dos níveis de colesterol. Existem ainda evidências científicas que sugerem aumento na incidência de câncer no fígado.
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino. Já as mulheres o produzem em quantidade menor, nos ovários e nas glândulas suprarrenais. Esse hormônio pode aumentar a oleosidade da pele e causar acne e queda de cabelo, assim como tende a incitar a libido em mulheres e melhorar a energia.
A reposição da testosterona é particularmente útil após a menopausa, se não houver contraindicações, mas é preciso ter muito cuidado, porque seu uso também aumenta a massa muscular e óssea. Por isso, esse tipo de tratamento é indicado também em casos de anemia profunda, algumas situações de perda óssea (osteoporose), pacientes que estão se recuperando de doenças graves ou ficaram muito tempo inativos.