A Associação Mineira de Equoterapia (AME) realizou neste sábado, o VIII Torneio de Equitação e Equitação Especial Troféu André Braguetto Barillari. Esse evento acontece de 6 em 6 meses para demonstrar aos visitantes todos os ganhos no período terapêutico. Foi o caso de Carolina Cornélio, menina com sequelas de mielomeningocele e é praticante da terapia há 8 anos. A equoterapia é um método terapêutico educacional que utiliza o cavalo com o intuito de promover melhoras no sistema nervoso e estimular o fortalecimento muscular. Para isso é necessária uma equipe interdisciplinar de profissionais.
Para o fisioterapeuta e coordenador clínico da AME de Uberaba, Willian Rocha de Oliveira, entende-se que a equoterapia oferece benefícios físicos, psicológicos e sociais às pessoas com necessidades especiais. “Isso que diferencia o passear com o cavalo, do trabalho terapêutico, pois está focado na necessidade específica de cada praticante, como alguém com paralisia cerebral, Síndrome de Down, esquizofrenia, um idoso que tenha uma necessidade de trabalhar a musculatura para prevenir quedas e posteriormente fraturas, crianças com distúrbios sensórios-motores ou de aprendizagem e pessoas com autismo”.
Segundo o coordenador, existem três aspectos trabalhados através da atividade terapêutica para pessoas como alguma necessidade especial. “Um deles é o movimento. O cavalo quando começa a caminhar transmite essa informação ao corpo do praticante, o cérebro readapta a dinâmica como se ele mesmo estivesse andando com suas próprias pernas”, completa Oliveira. Outro aspecto é o psicológico, a facilidade com que o usuário entra em contato com o animal favorece a terapia. “O contato com o cavalo melhora a autoestima, transmite força de vontade e determinação”, conta. O terceiro fator é a inclusão social, consequência da terapia, através do Programa Quatro, por exemplo, que inclui o usuário no contexto esportivo. (TM)