SAÚDE

Trabalho à noite gera distúrbios no organismo, revela pesquisa

Sem saber, a pessoa que troca de turno e passa a trabalhar durante a noite, está expondo seu organismo a um completo descontrole

Thassiana Macedo
Publicado em 24/01/2014 às 01:03Atualizado em 19/12/2022 às 09:17
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Sem saber, a pessoa que troca de turno e passa a trabalhar durante a noite, está expondo seu organismo a um completo descontrole, o que pode causar danos em longo prazo. É o que aponta novo estudo realizado pelo Centro de Pesquisa do Sono da Universidade de Surray, na Inglaterra, e divulgado pela BBC News. Cientistas descobriram que esse tipo de rotina pode, além de prejudicar o metabolismo, provocar perturbações moleculares.

De acordo com o otorrinolaringologista, especialista em sono, Marus Sallum, devido à alteração do relógio biológico, causada principalmente pela irregularidade nos períodos de sono, as pessoas ficam muito mais propensas a desenvolver doenças cardiovasculares, distúrbios hormonais, digestivos, neuropsicológicos, problemas na visão, fadiga crônica, alteração no comportamento, dentre outros. O especialista revela que pesquisas já apontavam que atividades à noite estavam associadas a taxas mais altas de diabetes tipo 2, ataques cardíacos e até mesmo câncer, já que a falta do sono com boa qualidade tem impacto no balanço energético do organismo. Por isso, o médico alerta que manter bons hábitos é fundamental, já que é durante o sono que o organismo realiza o processo de regeneração celular e recupera energias essenciais para o equilíbrio.

Segundo o estudo, o corpo humano segue um ritmo natural próprio e o relógio biológico é programado para ficar ativo durante o dia e dormir à noite. As mudanças podem causar sérios efeitos colaterais, como alterações dos hormônios, do humor, da atividade cerebral, da temperatura corporal e do desempenho dos atletas, além da aceleração dos batimentos cardíacos e alterações no funcionamento dos rins e do cérebro. Exames de sangue dos pesquisados mostraram que, em média, 6% dos nossos genes são programados para ficar mais ou menos ativos, atuando em sintonia em momentos específicos do dia. Uma vez em que os voluntários passaram a trabalhar à noite, essa sintonia genética se perdeu. Mais de 97% dos genes ficaram fora de sintonia por causa da falta de sono.

Por isso, Marus Sallum destaca que há maneiras de ter uma boa e revigorante noite de sono mantendo um ritual do sono, como escovar os dentes ou beber água antes de dormir, por exemplo. “Conserve um horário para se deitar e levantar, isso favorece o funcionamento do relógio biológico. Prepare o ambiente, escurecendo, diminuindo ruídos e obtendo uma temperatura agradável. Ingira somente alimentos leves antes de dormir e uma hora antes de deitar. Não beba álcool ou bebidas estimulantes como chá ou café, e não fume antes de dormir. Pratique esporte, mas evite exercícios fortes quatro horas antes de deitar”, orienta.

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