Você está com pressa? Não consegue parar um minuto sequer para prestar atenção em detalhes do seu dia? Estudo realizado pelo Internacional Stress Management Association do Brasil revela que o Transtorno da Pressa atinge 30% dos brasileiros. Não significa que estamos doentes, mas serve de alerta já que simboliza desequilíbrio na saúde dos relacionamentos. O mundo moderno exige sempre um passo à frente. Mas a questão é: quando foi a última vez que parou para admirar o sol? A resposta é a mesma: são preocupações do dia-a-dia, do trabalho, falta tempo. Estudos comprovam que distúrbios crônicos, como diabetes e doenças do coração, são responsáveis por 70% a 80% das mortes, cuja causa é o estresse. No Brasil, problemas do coração, câncer, diabetes e doenças respiratórias alcançarão o custo de US$ 9,3 bilhões até 2015. Sem contar separações de casais, brigas familiares e desentendimentos profissionais. Segundo a pedagoga Cinara Aline de Freitas, existem conflitos cotidianos, normais, por sermos seres diferentes uns dos outros, termos histórias de vida particulares, contextos individuais. Que algumas vezes podem causar desequilíbrio emocional afetando todo o contexto do indivíduo. “Pesquisas têm comprovado que a forma como convivemos com os outros influencia na saúde física. Relacionamentos conturbados ou padrões de pensamentos negativos afetam a saúde do corpo”, alerta. A pesquisa Metafísica da Saúde, relaciona cada doença com determinado tipo de pensamento. “Segundo os pesquisadores, podemos estudar cada doença tendo como causa um determinado padrão de pensamento negativo e não algo externo”. Por isso, para ela, o primeiro ponto a se observar nos relacionamentos é o equilíbrio emocional e a manutenção de uma postura diante de situações inesperadas. “O que deve ser trabalhado cotidianamente é a análise interna. Buscar uma postura correta e de equilíbrio. Vivemos na correria diária e muitas vezes não paramos para pensar no que estamos realmente sentindo e fazendo. Esse não ‘parar para pensar’ nossos pontos fracos vai gerando conflitos insolúveis”, explica Cinara. Vivemos em um mundo competitivo, mas nunca somos educados para perder. “E isso também é importante, já que é algo que não conseguimos controlar: uma perda, uma desilusão. Não controlamos o que vem de fora. Tenho controle sobre minhas atitudes e pensamentos?”, questiona. Para a pedagoga, se não temos controle, qualquer conflito externo, por menor que seja, conseguirá desestabilizar nosso emocional.