SAÚDE

Transtornos alimentares atingem 1% da população feminina

Essa verdadeira epidemia é um problema mundial que atinge principalmente adolescentes e adultos jovens, entre 8 e 40 anos...

Publicado em 19/06/2012 às 09:28Atualizado em 19/12/2022 às 19:00
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O padrão de beleza da sociedade do século XXI é baseado na magreza exagerada. No entanto, é cada vez maior o número de jovens que lutam para atingir esse padrão a qualquer custo, até mesmo comprometendo a saúde. O uso de medicamentos para inibir o apetite ou a autoimposição de regimes de fome são comportamentos que podem evidenciar um problema mundial e que atinge 1% da população feminina entre 18 e 40 anos e até levar à morte. Os transtornos alimentares tornaram-se verdadeira “epidemia”, prejudicando especialmente adolescentes e adultos jovens. Entre os mais conhecidos e mais graves estão a anorexia e a bulimia.

A enfermeira Maria Cleonice de Souza explica que bulimia e anorexia são alterações comportamentais causadas por transtornos alimentares. “Até que agora nem tanto, mas há alguns anos era muito divulgado na mídia o culto ao corpo magro como sinônimo de valores, beleza e autoestima. Aquilo era a perfeição, mas as adolescentes que mais acompanham a evolução dos padrões de beleza acabaram entendendo isso de forma errada, porque a magreza tem um limite. Então, esses transtornos podem acabar produzindo problemas irreversíveis, que levam à morte”, alerta.

A bulimia, por exemplo, é o transtorno que leva o portador a desenvolver uma relação doentia com a comida, em que a pessoa se empanturra com até 15 mil calorias em uma única refeição para depois colocar tudo para fora, de maneira forçada. “Como se fossem movimentos compensatórios. A pessoa come em quantidade excessiva, sente culpa e aí devolve. Configura bulimia quando a pessoa provoca o vômito de três a 14 vezes por semana. Voltam a comer, aguardam o prazo para que a fome seja saciada, mas antes que o organismo passe a absorver níveis de gorduras, levando ao aumento da massa corpórea, fazem estímulos para o vômito”, explica a enfermeira.

Cleonice de Souza esclarece que a anorexia também é um transtorno alimentar ligado a diversos fatores, mas especialmente aos psicológicos. “É quando a pessoa não come porque tem distorção da imagem. A pessoa está magra, mas se vê gorda e qualquer nível de gordura é avançado para o olhar daquela pessoa. Então, produz métodos de pesar a comida, observando níveis de gordura que podem aumentar a massa corpórea. Só que isso acontece de forma obsessiva e progressiva. A pessoa inicia regimes pequenos e vai aumentando com dietas mais agressivas. Isso provoca ausência da menstruação, anemia, fraqueza intensa e o emagrecimento, atingindo toda a função metabólica, gastrointestinal, imunológica e psicológica”, afirma a especialista.

Para resolver o problema é preciso atenção da família a qualquer mudança de comportamento e, caso ele seja percebido, o tratamento deverá ser multiprofissional, com atuação de nutricionista, psiquiatra ou psicólogo, que envolverão terapias individuais, em grupo e familiar.  

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