SAÚDE

Tratamento da hipertensão pulmonar pode restabelecer a qualidade de vida

Falta de ar progressiva, cansaço, palpitações e inchaço nas pernas são alguns dos sinais comuns que, quando recorrentes, podem caracterizar o desenvolvimento da doença

Publicado em 09/05/2013 às 09:56Atualizado em 19/12/2022 às 13:10
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Uma maneira de identificar a doença é através do ecocardiograma, para medir a pressão nos vasos do pulmão

A hipertensão pulmonar (HP) é um problema que afeta os vasos dos pulmões com consequente sobrecarga do coração. Evolui rapidamente e pode levar à morte, se não tratada. O problema não tem causa definida, mas geralmente é descoberta ao estar associada a outras doenças, tais como doenças cardíacas congênitas, anemia falciforme, doença hepática crônica, doenças reumáticas autoimunes, esquistossomose, entre outras.

Segundo o pneumologista Daniel Hugo Winter, a doença pode não ter uma causa definida ou pode ser induzida pelo uso de anorexígenos, remédios para emagrecer, como o femproporex. “O quadro principal é de falta de ar por baixa oxigenação, com consequente baixa capacidade de exercício, mas em pessoas que têm a doença mais avançada elas podem apresentar dor no peito, que sugere angina, e podem ter, por exemplo, pé inchado, fígado inchado e líquido acumulado dentro da barriga. Pessoas com enfisema pulmonar têm risco aumentado de sofrer de hipertensão pulmonar; pessoas que têm aquela espécie de reumatismo do sangue, conhecida como esclerodermia, também estão incluídas no grupo de risco. Além disso, há o quadro familiar, ou seja, alguma interferência genética que predisponha ao desenvolvimento da hipertensão, assim como HIV e hepatites”, esclarece.

De acordo com a Sociedade Latina de Hipertensão Pulmonar, esta é uma doença que acomete mais comumente jovens e adultos jovens, sendo que em torno da metade dos pacientes com hipertensão pulmonar morrem dentro de um período de pouco mais de dois anos, se não tratada adequadamente. No entanto, o médico Daniel Winter ressalta que, se um paciente é diagnosticado e tratado precocemente, o tempo de sobrevida e a qualidade de vida podem aumentar significativamente. “A principal ferramenta é o médico desconfiar de que os sintomas podem estar relacionados à hipertensão pulmonar precocemente. O médico não pode se esquecer de pensar nisso quando tiver um paciente com falta de ar, em que se tem dificuldade de chegar a outro diagnóstico rápido. Uma maneira de identificar a doença é através do ecocardiograma, que mede a pressão nos vasos do pulmão”, explica.

O especialista destaca que a doença tem tratamento inicialmente quando sua causa é identificada. “Existem tratamentos específicos para abaixar a pressão pulmonar, mas a ideia é de que esses tratamentos sejam feitos apenas em grandes centros, porque necessitam de exames mais complexos para o diagnóstico com precisão para a escolha do melhor remédio. O exame fundamental que temos dificuldade de conseguir em larga escala é o cateterismo cardíaco direito voltado para a artéria pulmonar, que é melhor realizado em grandes centros de referência”, frisa.

Os pacientes que têm hipertensão pulmonar têm baixa capacidade de exercício e a ideia do tratamento é devolver essa qualidade de vida, reduzindo a dificuldade que essas pessoas enfrentam ao fazer os exercícios mais simples e diários, como andar dentro de casa ou subir uma escada.

 

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