A primeira etapa é a cirurgia, que consiste na retirada de toda a glândula e, se necessário, a remoção dos linfonodos próximos...
Cerca de 90% dos cânceres de tireoide consistem nos tumores diferenciados da tireóide, que são os carcinomas papilíferos e os carcinomas foliculares. Outros tipos mais raros são os carcinomas medulares e os carcinomas indiferenciados. Segundo o cirurgião de cabeça e pescoço Rogério Tiveron, para esses tipos mais frequentes o tratamento é feito em duas etapas.
“A primeira etapa é a cirurgia, que consiste na retirada de toda a glândula e, se necessário, a remoção dos linfonodos próximos à tireoide se também estiverem afetados com metástases desse tumor. Trata-se de uma cirurgia delicada, com cerca de 2 a 3 dias de internação, porém com baixíssimos riscos de complicação quando executada por especialistas”, revela Tiveron. A segunda etapa consiste na iodoterapia, que é a medicação com iodo radioativo, dada via oral em dose única, cerca de 30 dias após a cirurgia. “Não se trata de quimioterapia, possuindo pequenos efeitos colaterais, mas, em virtude de se tratar de medicação radioativa, é necessário que o paciente fique em isolamento por 48 horas. Após o tratamento, o paciente deverá fazer uso contínuo do hormônio tireoidiano, através de um comprimido diário, e iniciar a fase de acompanhamento clínico, com exames periódicos de sangue, ultrassonografia e cintilografias, por 10 anos”, afirma o especialista. Ele revela que, se após esse período a pessoa não apresentar novos nódulos, já pode ser considerada curada.
Ainda de acordo com o especialista, em torno de 95% dos pacientes ficam totalmente curados após o tratamento. “Os casos que não se curam são aqueles em que o paciente se apresenta, na consulta inicial, com a doença muito avançada”, frisa o médico Rogério Tiveron. (TM)