A primeira parcela dos recursos, no valor de R$ 501 mil, já foi depositada na conta do Fundo Nacional de Saúde e será repassada à UFTM
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais publicou no Diário do Executivo o Extrato do Termo de Convênio nº 1447/2014, para custeio e investimento, visando à realização de 200 cirurgias bariátricas por videolaparoscopia. Com isso está formalizada uma iniciativa conjunta entre a SES-MG e o Hospital de Clínicas da UFTM. No dia 31 de julho, o reitor da UFTM, Virmondes Rodrigues Junior, e o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, José Geraldo de Oliveira Prado, assinaram o convênio na sede da SES-MG, em Belo Horizonte.
O investimento de R$ 2 milhões será disponibilizado pela SES-MG ao Hospital de Clínicas da UFTM em quatro parcelas, a serem depositadas até o fim deste ano. O HC tem prazo de 12 meses para a realização das cirurgias, que fazem parte de um projeto de pesquisa inédito, com o objetivo de demonstrar a viabilidade econômica do uso de videolaparoscopia em cirurgias de redução de estômago.
A primeira parcela dos recursos, no valor de R$ 501 mil, já foi depositada na conta do Fundo Nacional de Saúde e será repassada à Universidade, para a execução do projeto de pesquisa e das cirurgias.
De acordo com o vice-diretor clínico do HC, Juverson Alves Terra Júnior, em contrapartida ao investimento, o hospital fornecerá indicadores no intuito de demonstrar a viabilidade financeira para a adoção da técnica de videolaparoscopia para as cirurgias de redução de estômago realizadas pelo Sistema Único de Saúde. “Na atualidade, somente na rede privada a técnica minimamente invasiva é utilizada para reduções de estômago. A intenção do estudo é demonstrar que o custo mais alto da laparoscopia pode ser benéfico em longo prazo, não representando impacto financeiro e expondo o paciente a menor risco de complicação e de morte”, explica Juverson.
O médico informa ainda que, além de oferecer maior segurança, a cirurgia bariátrica por videolaparoscopia permitiria a recuperação mais rápida dos pacientes, com a possibilidade de retorno às atividades cotidianas em 30 dias após o procedimento. Hoje, cerca de 380 pacientes com obesidade, vindos dos 27 municípios da macrorregião, realizam acompanhamento ambulatorial no Hospital de Clínicas, mas o especialista estima que, na região, pelo menos 10 mil pacientes necessitam da cirurgia bariátrica para o tratamento da obesidade mórbida e as doenças associadas, como diabetes tipo 2 e a hipertensão. Juverson Alves Terra Júnior acrescenta que o Hospital de Clínicas vai começar a etapa de seleção entre os pacientes com indicação para o procedimento na região e, após a compra de materiais específicos, dentro de um mês, as cirurgias terão início.