SAÚDE

Usar ou não anticoncepcional: eis a questão!

Larissa Prata
lpciabotti@gmail.com
Publicado em 19/12/2020 às 10:59Atualizado em 19/12/2022 às 05:42
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Jairo Chagas

Ginecologista Daniela Diniz explica que há diferentes métodos para a prevenção à gestação indesejada, hormonais ou não hormonais, e a decisão deve ser da mulher, com a orientação profissional de especialista

Mesmo sendo um dos métodos contraceptivos mais difundidos no mundo todo, o anticoncepcional tem se tornado vilão na era pós-moderna. Isso porque muitas têm preferido métodos não hormonais para atingir o mesmo resultado. Contudo, a escolha pelo melhor método deve ser minuciosa.

“A escolha do melhor método é individualizada e deverá ser feita pela mulher, levando em conta as recomendações de seu médico ginecologista, para que a escolha seja feita sem que haja prejuízo da saúde da paciente”, orienta a ginecologista Daniela Diniz.

A especialista ainda indica que alguns cuidados devem ser tomados para que a escolha seja benéfica para a mulher. “Devem ser avaliados diversos aspectos da paciente como idade, paridade, comorbidades, medicamentos em uso, hábitos, histórico, o perfil da paciente, a expectativa da paciente em relação à contracepção e, em alguns casos, alguns exames podem ser necessários para auxiliar na melhor escolha”, explica.

Ainda segundo Daniela Diniz, mesmo “vilanizado”, o anticoncepcional reúne prós e contras. Entre os benefícios, ela ressalta que o contraceptivo garante maior segurança ao evitar uma gravidez não planejada, além de ser de fácil acesso e oferecer mais controle do período e do fluxo menstrual. Além desses, a ginecologista ainda pondera que há amplos estudos disponíveis sobre os métodos e que há fórmulas e tipos de contraceptivos para todos os perfis. “A depender do tipo do contraceptivo utilizado, pode haver outros benefícios como redução do sangramento menstrual, diminuição da intensidade das cólicas menstruais; controle da oleosidade da pele e dos cabelos, dentre outros”, analisa.

Entre os contras, a médica pontua que o anticoncepcional oral pode falhar em casos de indisciplina ou esquecimento e que alguns deles podem gerar intolerância gástrica. Há, ainda, outros efeitos colaterais que podem ser causados pelos contraceptivos, como redução do apetite sexual, dores de cabeça e alteração de humor, além de retenção de líquido e inchaço naqueles à base de progesterona. “Mulheres com mais de 35 anos, obesas, fumantes e sedentárias têm mais chances de desenvolver doença tromboembólica ao utilizar contraceptivos combinados (de estrogênio e progesterona)”, alerta Daniela. (LP)

Quais as principais diferenças entre os anticoncepcionais hormonais e os não hormonais?

Muitas são as opções para as mulheres que desejarem se prevenir da gravidez não planejada e, quem deseja “fugir” dos hormônios pode optar por um dos métodos não hormonais.

“Dentre os mais eficientes para a contracepção, temos o Dispositivo Intrauterino Não Hormonal de Cobre ou de Prata, que é um método reversível e de longo prazo e alta segurança; tem-se a Vasectomia e Laqueadura Tubária, que são métodos cirúrgicos considerados definitivos; e claro, tem-se a abstinência sexual”, elenca a ginecologista Daniela Diniz.

A especialista ainda ressalta que é possível se prevenir da gestação indesejada com o uso das camisinhas masculina ou feminina. “E dentre os menos eficientes, ou seja, mais sujeitos a falhas, temos o uso de espermicidas, métodos comportamentais (como o uso de tabelinha, por exemplo) e coito interrompido”, alerta.

Os métodos contraceptivos hormonais são aqueles em que a prevenção da gravidez é controlada por hormônios. Existem diversos tipos de formulações para atender a diferentes perfis de pacientes. “Os mais eficientes são o Dispositivo Intrauterino Hormonal (Mirena e Kyleena) e o Implante Hormonal (Implanom), que, por serem métodos que não dependem da usuária, têm maior eficácia. Outros métodos hormonais, eficientes, quando utilizados com disciplina, são os contraceptivos orais, a injeção anticoncepcional, o anel vaginal e o adesivo anticoncepcional”, aponta. 

 

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