SAÚDE

Uso inadequado de shakes e chás diuréticos causa riscos à saúde

Exagero leva à insuficiência de vitaminas B1, A, B12, C, D, e minerais como ferro e zinco. A ausência provoca desde problemas de visão e falta de concentração, a raquitismo e anemia

Publicado em 05/03/2014 às 09:40Atualizado em 19/12/2022 às 08:45
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O consumo excessivo de produtos que prometem emagrecimento milagroso e rápido também podem esconder riscos à saúde. A moda hoje é a ingestão de misturas conhecidas como “shakes”, ou mesmo os chás diuréticos. São bebidas que contêm fibras e prometem até mesmo substituir as refeições normais. Embora realmente promova a perda de peso, a medida, tomada sem orientação profissional, pode reduzir também o nível de vitaminas e minerais essenciais ao funcionamento do corpo. Um dos riscos é de hipovitaminose, doença causada pela falta ou deficiência de vitaminas.

Recentemente, a auxiliar de laboratório Karina Gonçalves perdeu temporariamente o movimento das pernas por beribéri hipovitaminose causada pela falta de vitamina B1, responsável pelo bom funcionamento do sistema nervoso, músculos e coração. Médicos afirmaram que a paralisação de estímulos às pernas foi causada após Karina consumir por oito meses “shakes”, chás e remédios para emagrecimento. Ela disse que não sentia fome por conta dos remédios inibidores de apetite, consumia um pão light com leite no café da manhã e substituía as principais refeições do dia, almoço e jantar, por “shakes” e chás.

A nutricionista Amely Degraf explica que os “shakes” surgiram no mercado, com o propósito de melhorar a dieta de quem pretende emagrecer, em razão de favorecer a saciedade. “Por ser líquido, é fácil de fazer. Hoje, a rotina nos engole diariamente. Muitas vezes, as pessoas querem manter uma boa rotina alimentar, mas precisariam acordar cinco horas da manhã para isso. Só que preferem dormir mais tempo, ao acordar essa hora para tomar um café da manhã nutritivo. Esses “shakes” foram criados pela indústria dos alimentos para facilitar, assim como ocorreu com as barras de cereais e os suplementos alimentares. Basta abrir um pacote e comer. O problema é  a pessoa não ser acompanhada por um profissional”, alerta.

Os produtos chamados de “shakes” possuem um valor energético em torno de 200 calorias, adicionados de leite, ricos em carboidratos e proteínas, mas isentos em gorduras. Amely ressalta que o profissional é quem vai poder avaliar se a pessoa tem condições de fazer uso desses produtos ou não, e vai poder orientar o início da ingestão, como deve ser o preparo e a ingestão, e quando é preciso parar com o consumo do “shake” ou chá. A nutricionista alerta que o maior risco é a pessoa desejar o emagrecimento rápido substituindo a alimentação normal pelo “shake”. “Procure um nutricionista e tente fazer acompanhamento.

Ninguém deve fazer dieta, basta realizar uma intervenção nutricional. Assim como as crianças devem ir ao pediatra, as mulheres ao ginecologista e os homens ao urologista, todas as pessoas deveriam ter acesso ao nutricionista, pois faz diferença. Com acompanhamento a pessoa não só aprende a comer, como emagrece”, completa a especialista.

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