SAÚDE

Vacina contra coqueluche para gestantes não é nova, mas positiva para a saúde

Ministério da Saúde anunciou que mulheres grávidas vão passar a receber gratuitamente a...

Publicado em 26/02/2013 às 10:59Atualizado em 19/12/2022 às 14:30
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Ministério da Saúde anunciou que mulheres grávidas vão passar a receber gratuitamente a vacina contra a coqueluche, a partir do segundo semestre deste ano. A inclusão da vacina tríplice acelular, que protege contra difteria, tétano e coqueluche (DTPa), ao calendário de imunização da gestante visa a garantir que o bebê já nasça com proteção contra essas doenças, evitando que as infecções ocorram antes dos 6 meses de vida.

A medida foi anunciada depois que levantamento revelou que em 2011 foram registrados 2.258 casos de coqueluche no Brasil. Do total, 70% ocorreu em menores de 1 ano. Em 2012, o número aumentou 97%, chegando a 4.453 novos casos da doença, sendo que 85% dos registros foram em crianças menores de 6 meses. Para a pasta, um dos fatores foi a queda no número de crianças imunizadas no país.

Segundo o infectologista Carlos Magno Fortaleza, a prevenção da coqueluche já está incluída na vacina tríplice bacteriana contra tétano, difteria e coqueluche há décadas. “Essa vacina faz parte do calendário vacinal pediátrico e tem sido aplicada. Graças a ela, os casos de tétano, de difteria e de coqueluche têm se tornado muito menos frequentes”, revela. Ainda de acordo com o especialista, aparentemente a preocupação agora é com as crianças de zero a dois meses de vida que ainda não têm condições de receber a primeira dose da vacina, porque a vacina só é segura a partir dos dois meses de idade. “Ao se vacinar, a gestante produz anticorpos no organismo e grande parte é transmitida à criança, fornecendo alguma proteção nos primeiros dias de vida”, frisa.

O especialista explica que a coqueluche é uma doença muito grave em crianças pequenas. Ela surge com muita tosse e pode inclusive levar a uma parada respiratória. Em crianças grandes e adultos, a doença se torna progressivamente mais leve e muitas vezes provoca uma tosse discreta, não sendo reconhecida como uma doença séria. Entretanto, o adulto acaba se tornando um importante transmissor da doença para a criança. “Haveria também na vacinação da mãe um fator protetor da própria gestante, para que ela não adquira a coqueluche e transmita a doença para uma criança pequena. O infectologista lembra que a proteção da vacina para coqueluche não é eterna, como muitos pensam. Ao longo dos anos, essa proteção diminui e é exatamente por essa razão que se fala agora em vacinar mães contra coqueluche. A ideia de abranger a mulher em idade fértil e particularmente a gestante com vacinas não é nova, é mais um passo e é como tem progredido o Programa Nacional de Imunizações com calendários mais amplos”, completa Carlos Magno. (TM)

 

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