Vacina contra gripe reduz número de casos graves da doença no país

A 16ª Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe já entrou na segunda semana e o público-alvo são pessoas com mais de 60 anos, crianças de seis meses até menos de cinco anos (4 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas (mulheres que deram à luz há menos de 45 dias), pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional. Pessoas que apresentam maior risco de complicações da gripe são adultos e crianças portadores de doenças pulmonares crônicas, incluindo asma, ou doenças cardiovasculares; que estejam sendo tratadas de doenças metabólicas crônicas, como diabetes, disfunção renal, hemoglobinopatias ou deficiência imunológica, incluindo infecção pelo HIV.

Pessoas que não façam parte desse grupo podem se vacinar em clínicas particulares. De acordo com o infectologista Carlos Magno Fortaleza, a dose da vacina protege contra três subtipos do vírus da gripe, H1N1 (Gripe Suína), H3N2 e Influenza B. “Essa vacinação é extremamente importante não no sentido de eliminar a gripe, o que não é possível, mas no sentido de diminuir os casos mais graves. Está demonstrado que os grupos mais suceptíveis, ou seja, que pertencem aos grupos prioritários, têm risco maior de apresentar gripe na forma grave. A vacina tem o potencial de reduzir de 40% a 80% a ocorrência dessas formas graves de gripe, inclusive internações e até a morte. Daí a principal importância de que esses grupos alvos sejam vacinados”, alerta.

O especialista explica quais são as principais diferenças entre gripes e resfriados e que tipo tende a gerar complicações graves de saúde. “Estas são duas doenças muito parecidas, mas o resfriado é aquele em que a pessoa apresenta nariz escorrendo e, às vezes, uma dorzinha de garganta, mas que não chega a apresentar febre e não leva o portador a ficar de cama. Por isso, é uma doença mais leve e que deve ser tratada com a ingestão de muito líquido e repouso. Já a gripe é uma doença grave, que deixa a pessoa de cama e por isso é indicado sempre procurar um médico, porque ela pode evoluir com gravidade maior, inclusive exigindo internação, em decorrência do desenvolvimento da pneumonia”, afirma o médico.

Carlos Magno Fortaleza ressalta ainda que é isso que explica a importância da vacina para os grupos prioritários para a campanha de vacinação do Ministério da Saúde, em especial os idosos.