SAÚDE

Vacina contra HPV não deve ser incluída em Programa

O Ministério da Saúde é contrário à inclusão de vacinas no Programa Nacional de Imunização (PNI) por meio de lei. O tema é projeto de lei nº 238/2011 da senadora Vanessa ...

Thassiana Macedo
Publicado em 05/01/2012 às 11:06Atualizado em 17/12/2022 às 07:45
Compartilhar

O Ministério da Saúde é contrário à inclusão de vacinas no Programa Nacional de Imunização (PNI) por meio de lei. O tema é projeto de lei nº 238/2011 da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que garante vacinação gratuita contra o papiloma vírus humano (HPV) em mulheres entre 9 e 40 anos. De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a vacina contra o HPV é uma das três cuja inclusão no calendário de imunização o ministério está avaliando – as outras são contra a hepatite A e a varicela.

O público-alvo da vacina contra o HPV seria formado por meninas de 9 a 13 anos, com o objetivo de prevenir o contágio antes do início da vida sexual. Isso porque a vacina é preventiva e seria ineficaz em mulheres já expostas ao vírus HPV. Para mulheres adultas, o Ministério da Saúde defende a ampliação do acesso ao exame de Papanicolau, que detecta lesões causadas pelo HPV e também o câncer do colo do útero. E mesmo o fato de não ter um companheiro, por exemplo, não indica que não há necessidade de fazer o exame. Para a enfermeira Lucília Martins, pelo contrário. “A partir do momento em que a mulher inicia a vida sexual, não importa a idade – pode ser uma adolescente –, tem que fazer o exame de rotina, pelo menos uma vez por ano”, destaca.

A maior incidência desse tipo de câncer – associado em 90% dos casos ao HPV – e de mortalidade feminina pela doença se dá na região Norte, notadamente pela dificuldade de acesso da população aos meios de diagnóstico e tratamento precoces. Segundo a senadora Vanessa Grazziotin, para os estados do Norte, onde os municípios sofrem com a falta de médicos e laboratórios especializados, a vacinação contra o HPV é o método mais eficaz de prevenção do câncer de colo do útero.

Quando a vacina fizer parte do Calendário Nacional de Vacinação, a proteção esperada deve durar nove anos e depende da aplicação de três doses. A oferta da vacina a meninas de 9 a

13 anos deve gerar impacto de R$ 600 milhões no orçamento do Ministério da Saúde somente no primeiro ano de implantação da ideia.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Logotipo JM OnlineLogotipo JM Online

Nossos Apps

Redes Sociais

Razão Social

Rio Grande Artes Gráficas Ltda

CNPJ: 17.771.076/0001-83

Logotipo JM Magazine
Logotipo JM Online
Logotipo JM Online
Logotipo JM Rádio
Logotipo Editoria & Gráfica Vitória
JM Online© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por