Ministério da Saúde divulgou recentemente novos dados sobre a gripe H1N1, conhecida popularmente como gripe suína. Em 2013, já foram notificados 4.713 casos hospitalizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave, entre os quais 388 foram confirmados para o vírus Influenza A (H1N1). Houve confirmação de 391 óbitos pela síndrome, sendo 61 deles por gripe H1N1, dos quais 90% são do estado de São Paulo. Em 2012, foram registrados 20.539 casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave, sendo confirmados 2.614 para A (H1N1). No ano passado, foram contabilizadas 1.931 mortes, sendo 351 pelo vírus pandêmico.
A principal medida adotada pelo Ministério tem sido alertar as instituições de saúde para que ajam imediatamente, receitando sem restrição o antiviral Tamiflu. De acordo com o infectologista Carlos Magno Fortaleza, isso evita o desenvolvimento de sinais mais graves da doença. “As medidas de prevenção envolvem a vacina, que hoje em dia contém proteção contra o vírus H1N1, bem como a atenção especial à lavagem das mãos várias vezes ao dia – o que evita que toquemos em superfícies e levemos possíveis vírus para dentro do nosso organismo através da boca e dos olhos – e, ainda, evitar estar próximo de pessoas com quadro gripal. É indicado às pessoas que tiverem com sintomas de gripe que fiquem em casa e afastadas das demais, como, por exemplo, no trabalho, e, naturalmente, que procurem um serviço de saúde para avaliar a gravidade ou não do caso”, explica.
O infectologista destaca, ainda, que o H1N1 é, como outros vírus, um subtipo dos vírus influenza do tipo A, o qual já convive com o ser humano há muito tempo. “O que há de diferente no atual vírus H1N1 é que é um subtipo relativamente novo. Ele atingiu o ser humano pela primeira vez em 2009, portanto, até pela falta de imunidade natural contra ele, o vírus passa a circular de maneira mais rápida entre a população, causando mais doenças. Hoje, o que nós temos é o que se chama de atividade maior do vírus em alguns períodos frios”, afirma.
Carlos Magno ressalta que a tendência desse vírus é deixar de ser pandêmico, que é característica dele circular como uma epidemia com proporções globais, para se tornar, nos próximos anos, um vírus da gripe comum. “Ou seja, para se tornar um dos vírus que chamamos de sazonal, por conta dessa predileção pelo aparecimento na estação mais fria do ano. Nesse meio tempo, até que o vírus se torne completamente sazonal, ele vai apresentar algumas variações de atividade, atingindo mais pessoas durante o ano. E, apesar dessa flutuação, o H1N1 é um vírus de gripe comum como os demais”, completa o especialista.
Sintomas. Os principais sinais da gripe H1N1 sã febre, tosse ou dor na garganta, além de outros sintomas, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração. (TM)