SAÚDE

Vacinação aumenta qualidade e expectativa de vida dos idosos

A expectativa de vida do brasileiro é de 74 anos. Essa longevidade é resultante do aumento da qualidade de vida proporcionada pelos avanços nas medidas de prevenção à saúde

Thassiana Macedo
Publicado em 17/08/2014 às 12:28Atualizado em 19/12/2022 às 06:24
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A expectativa de vida do brasileiro é de 74 anos. Essa longevidade é resultante do aumento da qualidade de vida proporcionada pelos avanços nas medidas de prevenção à saúde. Isso porque o envelhecimento está atrelado à maior ocorrência de doenças degenerativas, contra as quais buscamos a cura ou o controle. Várias doenças podem ser evitadas ou amenizadas através da vacinação em qualquer época da vida.

Segundo a médica patologista Eliane Milhorim, as alterações associadas ao envelhecimento deixam o indivíduo suscetível a doenças infecciosas, causando assim vários danos em nível pessoal, familiar e profissional. “Além de adoecer, o indivíduo pode ser fonte de infecção para outras pessoas, como, por exemplo, através do contato do idoso com a criança. Infelizmente, não existe a cultura da vacinação entre adultos e idosos. No Brasil, ainda hoje, a vacinação é coisa de criança, mas é importante a conscientização de que algumas vacinas recebidas na infância precisam de reforços a cada 10 anos, como é o caso da febre amarela e da tríplice bacteriana, que protege contra tétano, difteria e coqueluche”, alerta.

A especialista lembra que muitas vacinas não existiam há alguns anos, como contra herpes zoster e a pneumocócica 13 valente. “As vacinas faltantes devem ser atualizadas. Muitos deixam de vacinar porque não têm mais o Cartão de Vacinas e desconhecem se receberam ou não determinada vacina. Nesses casos, o correto é fazer todas novamente, pois não existe contraindicações nem agravos devido à aplicação da vacina já recebida anteriormente. Pior é ficar sem proteção contra a doença”, explica Eliane.

Entre as doenças que podem ser prevenidas com vacinação em idosos, as respiratórias são as mais frequentes, em especial a gripe (influenza). “Alguns dizem que bastou receber a vacina para ficar gripado. Nesse caso, o que acontece é que a vacina dá proteção somente a partir de 10 a 14 dias após a aplicação. Se o indivíduo tiver contato com o vírus antes desse período, ele desenvolverá a doença, porque a vacina ainda não tem ação protetora. O grande destaque para a vacina não está em seu poder de impedir a doença, mas na capacidade de evitar complicações da gripe nos idosos, como a pneumonia viral ou bacteriana, a hospitalização e a morte, entre portadores de doenças cardiovasculares e pulmonares”, esclarece a patologista.

Já as vacinas pneumocócicas previnem contra a bactéria chamada pneumococo, responsável por pneumonia, sinusite, meningite. Segundo Eliane Milhorim, doenças crônicas aumentam o risco de doença pneumocócica. É o caso do diabetes, que aumenta em 5,8 vezes a chance de desenvolver esse problema; doença pulmonar crônica, em 7,1 vezes; cardiopatia crônica, em 10,6 vezes; alcoolismo, em 11,3 vezes; neoplasia de órgão sólido, em 34,1 vezes; HIV/AIDS, em 48,1 vezes, e câncer hematológico, em 48,1 vezes. “Os dados mostram que morrem um a cada 20 adultos que adquirem pneumonia por pneumococo; dois a cada dez adultos com bacteremia, e três a cada dez adultos com meningite. Por isso, a Sociedade Brasileira de Imunizações recomenda em seu calendário a vacinação rotineira de idosos com a dose pneumocócica 13 valente, seguida, após dois meses, da pneumocócica 23 valente”, completa Eliane.

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