Vacina reduz até 45% o número de hospitalizações por pneumonias e até 75% a mortalidade
Na 15ª Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe, que neste ano vai ser realizada entre 15 e 26 de abril, sendo 20 o dia de mobilização nacional, devem ser vacinados quase
40 milhões de brasileiros. Este ano, especialistas têm lembrado que a vacina deve ser muito mais que um hábito anual para prevenir a gripe em si, ao contrário deve ser considerado de extrema importância para a redução de mortalidade no país.
A vacina protege contra os três tipos de vírus Influenza circulando no Brasil, incluindo o H1N1, popularmente conhecido como gripe suína. Segundo Alexandre Barbosa, infectologista, a campanha é fundamental, já que diminui consideravelmente os casos de mortalidade por complicações. “Essa campanha é fundamental, visto que o problema da gripe tem um grande impacto na mortalidade. No mundo, todo ano, cerca de três a cinco milhões de pessoas ficam doentes pela gripe e há cerca de meio milhão de mortes. É uma doença importante e está entre as que mais matam”, afirma.
Levantamentos do Ministério da Saúde demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza. O objetivo da vacinação é contribuir para a redução das complicações, internações e óbitos provocados por infecções da gripe.
O infectologista explica que a falta de informação leva muitas pessoas a deixar de se vacinar. “As pessoas ainda não sabem o quanto é importante a vacina e o quanto ela pode se prevenir de ter complicações graves pela gripe. Outro ponto é que ainda existe um mito de que a vacina pode provocar a gripe, e isso não é verdade. Não é possível a pessoa ficar gripada depois de tomar a vacina, porque os compostos são pedaços ou mesmo vírus mortos, então a vacina não leva ao quadro clínico de gripe. Além disso, a vacina tem muito pouco efeito colateral. Ou seja, ela não apresenta risco. Quem toma a vacina vai se proteger de pegar a gripe, mas, se a pessoa manifestar a doença por já ter o vírus incubado no organismo, terá uma gripe muito menos intensa do que sem a vacinação”, esclarece Barbosa.