Patologista destaca a vacina para prevenção contra difteria, tétano e coqueluche
Além das medidas para fortalecer a saúde e de hábitos preventivos para evitar acidentes, a patologista Eliane Milhorim Silva enumera quais são as vacinas mais indicadas, observando que estas devem estar de acordo com as características do viajante e do local para onde ele se destina.
Por isso, ela lembra o quanto é importante procurar um médico com antecedência antes de uma viagem. “As vacinas indicadas são para prevenir a hepatite B, uma doença transmitida através de sangue ou secreções (contato sexual) e objetos cortantes contaminados, e ainda a hepatite A, que é transmitida de pessoa a pessoa e pela ingestão de água e alimentos contaminados. As viagens aumentam o risco para a aquisição desta doença. Há ainda a vacina contra a Poliomielite, indicada para viajantes que se destinam a países que não erradicaram a doença”, explica.
Eliane destaca, também, a vacina para prevenção contra difteria, tétano e coqueluche. “A difteria é transmitida por gotículas de saliva; o tétano é causado pela contaminação de ferimentos por terra, fezes e saliva ou por cortes com materiais enferrujados, e a coqueluche, transmitida por gotículas de saliva, está ressurgindo no mundo todo. Todas as pessoas devem receber um reforço da vacina tríplice bacteriana a cada 10 anos”, ressalta a médica.
A especialista alerta para a vacina contra o vírus HPV e a febre amarela, doença transmitida pela picada de mosquito infectado. “A vacina é indicada para todos que residem ou viajam para áreas com risco de transmissão. É recomendado um reforço a cada 10 anos. O HPV, transmitido sexualmente, é a principal causa do câncer de colo do útero, de ânus, pênis, boca e, também, de verrugas genitais. O uso de preservativo não protege totalmente do risco de transmissão. A vacina é indicada para homens de 9 a 26 anos e para mulheres acima de 9 anos”, frisa.
Para que permaneçam sendo doenças controladas no Brasil, Eliane lembra o quão importante é a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola. “Os últimos casos de sarampo são de brasileiros que adquiriram a doença em viagens internacionais. Eventos como a Copa do Mundo representam risco. A vacina tríplice viral é indicada para todas as idades. Há ainda a vacina contra varicela ou catapora. Altamente contagiosa, ela é transmitida de pessoa a pessoa. Por isso, a vacina é indicada para todas as pessoas com mais de 1 ano de idade e que ainda não tiveram a doença”, orienta.
Pneumonias, meningites, otites e sinusites, doenças causadas pela bactéria pneumococo, costumam ser muito comuns ao longo do ano. “Por isso, a vacina é indicada para crianças, adultos a partir de 50 anos e para todas as pessoas com doenças de base, como diabetes, cardiopatas, com comprometimento de rins ou pulmões. Já a raiva humana é transmitida pela mordida ou arranhadura de animal infectado pelo vírus. A prevenção com a vacina é indicada para viajantes que se destinam a áreas onde a raiva é endêmica e que irão ter contato com animais”, completa a especialista.