SAÚDE

Varíola dos macacos: o que é, sintomas, tratamento e cura

Publicado em 31/08/2022 às 09:18Atualizado em 18/12/2022 às 14:18
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A varíola dos macacos, ou Monkeypox, é uma doença rara causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus, que costuma estar presente em roedores. A varíola dos macacos pode ser transmitida de pessoa para pessoa, através do contato próximo e prolongado, e causar sintomas como calafrios, dor muscular e nas costas, cansaço excessivo e aparecimento de bolhas e feridas na pele, que podem coçar ou serem doloridas.

Os primeiros casos de varíola dos macacos, ou varíola símia, foram identificados em 1958 em um grupo de macacos, o que deu origem ao nome da doença, apesar de o vírus ser mais comum em roedores. Já o primeiro caso em pessoas foi identificado em 1970.

Na presença de sinais e sintomas indicativos de varíola dos macacos, é importante ir ao hospital para confirmar o diagnóstico, prevenir a transmissão para outras pessoas e iniciar o tratamento, que geralmente inclui o uso de remédios para aliviar os sintomas.

Sintomas da varíola dos macacos

Os primeiros sintomas da varíola dos macacos sã

Bolhas e feridas na pele, que coçam e doem;

Febre;

Calafrios;

Dor de cabeça;

Dor muscular;

Cansaço excessivo,

Dor nas costas.

Estes sintomas costumam surgir cerca de 5 a 21 dias após o contato com o vírus, e duram entre 14 a 21 dias. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto e mucosa oral, espalhando-se depois para o resto do corpo e atingindo, principalmente, as extremidades, como a palma das mãos. Em alguns casos, pode também surgir bolhas e feridas na região genital, além de inchaço no pênis e dor na região anal.

Mais raramente, é possível evoluir para um quadro mais grave da Monkeypox dependendo da forma de transmissão, estado imunológico da pessoa e a quantidade de vírus que foi inoculado. Nesses casos, pode haver comprometimento pulmonar ou inflamação do cérebro, chamada de encefalite.

Como acontece a transmissão

A Monkeypox pode se transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato com secreções respiratórias que são liberadas ao tossir ou falar por exemplo, mas para que o vírus consiga ser transmitido dessa forma, é preciso que as pessoas estejam muito próximas durante muito tempo.

Além disso, a transmissão também pode acontecer por meio do contato direto com as secreções das bolhas e feridas causadas pelo vírus da varíola dos macacos, ou por meio do contato com objetos contaminados, incluindo toalhas e roupa de cama. A presença de lesões na região genital também aumenta o risco de transmissão da varíola dos macacos através da relação sexual.

A transmissão de pessoa para pessoa acontece desde o início dos sintomas até a cicatrização das lesões e formação de nova pele. Além disso, é possível haver transmissão da mulher para o bebê através da placenta.

A transmissão desse tipo de varíola de animais para pessoas também pode acontecer, sendo possível através da mordida de roedores infectados, consumo de carne mal cozida de animais infectados e/ou contato com secreções ou sangue de animais infectados.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da varíola dos macacos pode ser feito pelo infectologista ou clínico geral por meio da avaliação do histórico de saúde e sintomas apresentados. A confirmação da Monkeypox acontece por meio do exame RT-PCR, que é feito com uma amostra da secreção da ferida ou da crosta da ferida. Através desse exame é possível confirmar a presença do vírus responsável pela doença.

O caso provável de Monkeypox é considerado quando a pessoa apresenta sintomas, teve contato próximo com uma pessoa com varíola dos macacos ou com sintomas sugestivos e que ainda não tiveram o resultado do exame de RT-PCR.

No caso da pessoa apresentar sintomas sugestivos de varíola dos macacos, mas o resultado do exame é negativo, são indicados outros exames complementares para identificar o agente responsável pelos sintomas e, assim, ser possível iniciar o tratamento mais adequado.

Como é feito o tratamento

Normalmente não é necessário realizar tratamento específico para a varíola dos macacos, já que os sintomas da doença costumam desaparecer após algumas semanas. No entanto, em alguns casos, o médico pode indicar o uso de medicamentos para aliviar os sintomas mais rapidamente.

É também importante que a pessoa fique em isolamento para evitar a transmissão da doença para outras pessoas, podendo ser necessário, em alguns casos, que a pessoa permaneça no hospital para ser monitorada.

No Brasil, a Anvisa aprovou o uso do medicamento Tecovirimat, um antiviral que está sendo usado contra a infecção. 

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