SAÚDE

Vasectomia é o método mais seguro de programa familiar

Nos últimos sete anos, as cirurgias de vasectomia aumentaram em cerca de 80% no país, o que prova que o preconceito

Publicado em 12/12/2012 às 11:56Atualizado em 19/12/2022 às 15:49
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Alysson Junqueira esclarece sobre mitos da cirurgia e afirma que procedimento pode ser reversível

Nos últimos sete anos, as cirurgias de vasectomia aumentaram em cerca de 80% no país, o que prova que o preconceito masculino quanto ao método contraceptivo definitivo deixou de ser um tabu na hora do planejamento familiar. No entanto, ainda há homens que se recusam a fazer a cirurgia, por acreditar que ela possa provocar distúrbios de ereção. A vasectomia torna o homem estéril, mas não interfere na produção de hormônios masculinos nem em seu desempenho sexual. Na verdade, nesse procedimento, os canais deferentes, que são os tubos que partem dos testículos e se unem ao ducto ejaculatório, canal por onde passa o esperma, são cortados e amarrados, cauterizados, ou fechados com grampos. Ou seja, isso impede apenas a gravidez.

De acordo com o urologista Alysson Roberto Junqueira Morais, outra preocupação é com relação a dores causadas pela cirurgia. “É um procedimento simples e ambulatorial, não necessita de período de internação e o homem recebe anestesia local, que impede a dor. Por isso, é um procedimento de baixo custo”. Neste sentido, também é um procedimento mais seguro contra infecções, pois, ao contrário da laqueadura, em que a mulher precisa ser internada, a incisão é menor e não há contato com o ambiente hospitalar.

A vasectomia consiste em uma pequena cirurgia na altura das virilhas, onde é feita a ligadura dos canais deferentes, que levam os espermatozoides produzidos nos testículos até o pênis. Após a cirurgia, devem ser realizados exames para confirmar a ausência de espermatozoides no esperma, que ainda é produzido e ejaculado. O urologista explica que o procedimento pode ser reversível, dependendo do sucesso na cirurgia. Contudo é indicado que o homem só faça a vasectomia se já estiver plenamente decidido a não ter mais filhos. “É definitiva, embora em um prazo de 5 anos seja possível fazer a reversão da vasectomia. Esse é o período indicado em caso de desistência, porque quanto mais tempo passar após o procedimento, menores serão as chances de sucesso”, explica Alysson Roberto.

Entre os principais mitos estão as dúvidas quanto às alterações na libido e no metabolismo do homem que passa pela cirurgia. “São mitos que os homens conservam. Na verdade, a cirurgia de vasectomia não gera impotência nem está ligada a qualquer disfunção erétil ou de produção de hormônios e muito menos engorda, como alguns homens pensam”, esclarece o urologista. Ele lembra, ainda, que homens diabéticos ou que têm distúrbios de coagulação de sangue podem ter complicações, como dor, orquite, inflamação nos testículos e hematomas ou sangramentos. Nestes casos a cirurgia não é recomendável.

 

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