Verão exige cuidados especiais com a pele, alerta especialista

No verão, a incidência dos raios solares sobre a pele é maior, o que exige atenção redobrada, por causa do risco de câncer de pele. Para se ter uma ideia, dados do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) apontam que devem surgir 576.580 novos casos de câncer no Brasil em 2014. A previsão é de que o tumor de pele não melanoma, o mais frequente na população feminina e masculina, atinja 182 mil pessoas no próximo ano, equivalente a 31,5% do total.

Segundo a dermatologista Luciana Fernandes Abbade, a doença, quando diagnosticada precocemente há várias formas de tratamento e altas chances de cura. “Existem várias modalidades terapêuticas, sendo que a principal e mais realizada é a do procedimento cirúrgico, mas depende do tipo de lesão. Se ela for inicial e superficial há a possibilidade de um tratamento não cirúrgico, podendo ser feito à base de alguns medicamentos específicos ou através da luz, que é a terapia fotodinâmica. Porém ainda existem outras formas de tratamento destinadas a casos selecionados de acordo com a decisão do médico para cada paciente”, explica.

O autoexame é o método mais simples para detectar precocemente o câncer de pele, incluindo o melanoma, o tipo mais grave, uma vez que a doença pode ser curada se tratada antes de invadir as camadas mais profundas da pele. O ideal é estar familiarizado com sua pele normal, conhecendo suas “pintas” e “manchas”. A dermatologista Fabiana Pelegrinelli explica como identificar os sinais de suspeita para câncer de pele. “É importante observar a mudança da característica da pinta ou mancha. Se depois de algum tempo ela começar a crescer, ficar irregular ou assimétrica, mudar de cor ou doer e sangrar sem qualquer agressão são sinais de que pode ser câncer. Outros sintomas são feridas que não cicatrizam, até mesmo na boca”, afirma.

Enquanto os raios UVA são responsáveis pelo envelhecimento precoce os UVB causam câncer de pele. Aproximadamente 5% de toda a radiação solar é composta pelos raios ultra-violeta que, segundo a dermatologista, devem ser evitados através de hábitos simples. “O uso do filtro solar é indispensável. Recomendamos a proteção a partir dos seis meses de idade, já que é fundamental nos primeiros 20 anos de vida”, esclarece.