SAÚDE

Verão favorece o aumento de inflamações do ouvido

O aumento da temperatura no verão e as férias escolares estimulam a procura por praias e piscinas, mas é preciso estar atento aos danos que podem ocorrer aos ouvidos

Thassiana Macedo
Publicado em 10/01/2014 às 00:25Atualizado em 19/12/2022 às 09:30
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O aumento da temperatura no verão e as férias escolares estimulam a procura por praias e piscinas, mas é preciso estar atento aos danos que podem ocorrer aos ouvidos, já que a otite externa é causada pela entrada de água após o mergulho. Em função do calor e do aumento da umidade no conduto auditivo externo, em decorrência de banhos de mar e piscina, há um crescimento de 70%, durante o verão, no número de casos de otite, que são inflamações e infecções nos ouvidos.

O otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia, Marcelo Miguel Hueb, explica que isto acontece porque é difícil resistir a um bom banho de piscina ou de mar para aliviar o calor. “O contato excessivo com água e a umidade são as principais causas das infecções durante o verão, além, é claro, dos hábitos assumidos pela população durante os meses mais quentes”, destaca.

Segundo o especialista, quando o ambiente está úmido e quente, o contato constante com a água pode impedir o acúmulo adequado do revestimento natural do canal auditivo externo. “A perda dessa proteção local, que nada mais é do que a cera de ouvido, pode ocasionar descamações e coceiras, incômodo que leva a pessoa a sentir a necessidade de secar o ouvido constantemente, provocando lesões que facilitam a ação de bactérias e fungos causadores de infecções e inflamações”, frisa.

Diferente da otite média aguda, que aparece com maior frequência durante o inverno, afetando principalmente crianças até os seis anos de idade, a otite externa pode afetar adultos e crianças, de todas as idades já que está diretamente ligada ao hábito de coçar o ouvido e à limpeza inadequada. Neste sentido, Marcelo Hueb chama a atenção para três regras básicas para evitar dor de ouvido neste verã “não molhar, não coçar e procurar o otorrinolaringologista”. O uso de protetores macios, como de silicone, evita a entrada de água no ouvido e são recomendados para prevenir otites.

É bom lembrar que em crianças os casos de otite são frequentes desde os primeiros meses de vida, mas no verão o problema se agrava. Os pais devem ficar atentos aos sinais, principalmente se a criança está coçando os ouvidos ou apresenta vermelhidão, inchaço ou secreção. A otite é uma simples infecção, mas quando é frequente ou não é bem tratada, pode acarretar graves sequelas, como a perda do nível de audição, o que ocasiona muitas vezes atraso no desenvolvimento da linguagem, distúrbios de fala e menor habilidade no aprendizado.

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