Vigilância amplia proibição de venda e importação de próteses

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a importação e venda de implantes de silicone para seios da marca francesa PIP e da holandesa Rofil. As duas marcas estão envolvidas em um escândalo internacional por usarem silicone não autorizado na fabricação das próteses, que apresentam maior risco de romper ou vazar em comparação aos

de outras empresas.

A proibição está publicada no Diário Oficial da União.

A agência reguladora determina, ainda, o recolhimento dos produtos que, porventura, estiverem em estoque no mercado. A Anvisa já havia determinado as mesmas proibições às empresas que tinham autorização para importar e vender as próteses mamárias PIP e Rofil. A medida serve para generalizar as restrições e impedir que outras empresas tentem importar esses produtos, cujo uso está proibido no Brasil desde 2010.

Estima-se que cerca de 20 mil brasileiras tenham implantes PIP e Rofil. Em caso de ruptura da prótese, os planos de saúde e o Sistema Único de Saúde são obrigados a fazer a troca do implante. Para pacientes com histórico de câncer de mama, a retirada e a substituição também estão garantidas, sem

custos adicionais.

Quadril. Já a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia revela que, desde que pesquisa britânica apontou que próteses metálicas de quadril podem causar problemas à saúde, não registrou nenhuma reclamação ou queixa de casos no Brasil. Segundo a pesquisa, o atrito entre peças metálicas libera íons que afetam tecidos, músculos e causam intoxicação.

A sociedade médica vem discutindo o tema, mas afirma que “não há um único caso em que se comprove o efeito negativo identificado no trabalho realizado na Inglaterra”. Cerca de 10 mil pacientes brasileiros implantam próteses de quadril a cada ano. A recomendação é que os pacientes com próteses de quadril metálicas procurem seus médicos para tirar as dúvidas. Em alguns casos, se houver necessidade, podem fazer exames para certificar as condições das próteses.