Novas pesquisas mostram que a baixa dosagem da substância no organismo também está relacionada à ocorrência de infecções virais
Sabe-se que a falta de vitamina D está associada ao enfraquecimento dos ossos, mas novas pesquisas mostram que a baixa dosagem da substância no organismo também está relacionada à ocorrência de infecções virais. De acordo com a otorrinolaringologista Ângela Beatriz Lana, a vitamina D tem o papel de supressão da inflamação na mucosa das vias aéreas. “Quando em baixa concentração, pode influenciar o desenvolvimento e a manutenção da rinossinusite crônica, rinite alérgica e asma”, alerta.
Algumas pessoas são mais propensas a apresentar deficiência de vitamina D, já que 80% de toda a substância produzida pelo corpo têm como fonte a luz solar. Óleos de peixe e outros poucos alimentos também podem ser fonte da vitamina, mas não em quantidade suficiente para a manutenção total do organismo. “Obesos, negros, idosos, vegetarianos, pessoas que pouco se expõem à luz solar ou que vivem em locais com muita poluição, usuários crônicos de corticoides, doentes renais e hepáticos crônicos têm risco elevado para a deficiência de vitamina D”, explica a médica.
Segundo ela, a falta da vitamina tem sido fator de risco para infecções virais recorrentes, bem como asma de difícil controle, rinites e sinusites crônicas. “Ela regula o excesso de estimuladores inflamatórios e promove a manifestação de substâncias que são potentes antimicrobianos naturais presentes nas células de defesa das vias aéreas e que atuam protegendo os pulmões das infecções”, esclarece a especialista.
Ângela ressalta que estudos vêm demonstrando que a exposição à luz solar e a suplementação dietética com óleo de fígado de bacalhau, sempre com acompanhamento médico, reduzem a incidência de infecções respiratórias virais. “Pacientes tratados com a vitamina estão usando menos antibióticos e apresentando menos infecções”, destaca. A vitamina D passa a ter, então, um papel ainda mais importante no tratamento de doenças inflamatórias das vias aéreas, pois apresenta resultados positivos em intervalos de tempo menores, se comparados a métodos de tratamento convencionais.