ATENDIMENTO

Ambulatório de Saúde Mental em Uberaba tem grande demanda de idosos

Daniela Miranda
Publicado em 10/07/2023 às 10:21Atualizado em 11/07/2023 às 06:09
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O aumento no número nacional de idosos em depressão também é sentido em Uberaba (Foto/Reprodução)

No geral, a terceira idade é associada ao mau humor e à tristeza. O problema é que essa ideia esconde um assunto sério: a depressão. Em entrevista ao Jornal da Manhã, Sérgio Marçal, gerente e psicólogo do Instituto Maria Modesto, chamou a atenção para a quantidade de idosos que são atendidos no Ambulatório de Saúde Mental de Uberaba. Os pacientes idosos são priorizados de acordo com o programa do SISFila, no entanto, o alto número de casos despertou preocupação na equipe do instituto. 

De acordo com Sérgio Marçal, a maioria dos pacientes agendados pela Secretaria de Saúde e encaminhados para o ambulatório são idosos, o que evidencia a necessidade de políticas públicas adequadas. "Esses pacientes já são medicados e então convidamos a participar de sessões de psicoterapia. Esse grande número de idosos é um sinalizador para a importância de políticas públicas que cuidem da população idosa e ajustem o acesso a esses serviços, evitando o agravamento de sua condição de saúde". 

Sérgio ressaltou que, embora o uso de medicamentos auxilie no controle dos sintomas, é fundamental compreender as causas subjacentes e desenvolver estratégias adequadas. "O medicamento controla os sintomas, mas é importante a psicoterapia para ajudar a pessoa a compreender os fatores de sofrimento em sua vida e desenvolver estratégias para lidar com eles. Dessa forma, a pessoa não fica apenas dependente de medicamentos a longo prazo, mas aprende a lidar com esse sofrimento em seu dia a dia". 

Segundo o Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, 5% dos idosos que vivem em comunidade apresentam a doença. Ao falar em pessoas que estão internadas e em Home Care, os números sobem para 11,5% e 13,5% respectivamente. No Brasil, elas também estão entre as mais afetadas.

O convênio entre a Secretária de Saúde e o Instituto Maria Modesto visa atender pacientes de média complexidade e desafogar a fila eletrônica. A equipe de trabalho é composta por dois médicos supervisores, seis médicos residentes, além de psicólogos, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais dispostos para os atendimentos, segundo informações do gerente Sérgio Marçal.  

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