CIDADE

Angela defende afastamento de servidores durante apuração

Daniela Brito
Publicado em 17/05/2011 às 22:22Atualizado em 20/12/2022 às 00:16
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Secretária de Governo Angela Mairink defende o afastamento dos diretores do Centro de Atendimento e Reeducação Social do Adolescente e Menor Infrator (Caresami) até a conclusão da apuração das denúncias de maus-tratos, a serem apuradas por meio de inquérito policial solicitado pelo Ministério Público Estadual. A afirmação foi feita ontem, durante a participação dela no programa Conexão JM, da Rádio JM 730kHz.

De acordo com ela, as apurações devem ser feitas de forma que não se cometa qualquer tipo de injustiça, porém é necessário o afastamento dos atuais diretores do Caresami – nem que seja temporariamente – até a conclusão das investigações. Angela – que já foi titular da Secretaria de Desenvolvimento Social – ainda assegurou que não se pode colocar a “mão no fogo” para garantir que nada ocorreu dentro do Caresami. “Não estamos todos os dias ali. Mas vamos apurar todas as denúncias da melhor forma possível para não fazer injustiça”, afirmou. Angela acredita que o governo municipal não pode ser omisso. “Se há uma dúvida, que estas pessoas sejam afastadas. Não temos compromisso com o erro”, ressaltou. 

A secretária também ponderou que o trabalho de recuperação de menores é “complicado”, principalmente por lidar com adolescentes, a maior parte, com envolvimento com drogas e crimes. “Muitos ali não tiveram um apoio familiar, e se tiveram, por algum desvio de conduta acabaram indo para o Caresami”, explicou.

A secretária comentou ainda que não se pode colocar ali como educador qualquer pessoa, aleatoriamente, apesar dos cargos serem comissionados, ou seja, as nomeações são feitas mediante indicação. A escolha, segundo ela, depende de uma série de fatores. “O candidato deve ter maturidade, ter um perfil aceitável. Selecionado, ele ainda passa por um treinamento e ainda pela avaliação psicológica”, informa. Mesmo assim, ela confirma que a rotatividade de educações é considerada grande até pela difícil convivência que existe lá dentro.

Segundo Angela, os gastos com cada adolescente chegam, em média, a quase R$3 mil por mês. “O valor pode ser comparado ao custo de um aluno em uma universidade particular”, comentou. No local, os internos têm acesso a psicólogos, atividades lúdicas, apoio técnico, alimentação balanceada com acompanhamento de nutricionistas, aulas de educação física com professores capacitados, entre outras atividades.

A secretária ainda lembra que há alguns anos o município assumiu a responsabilidade de administrar o Caresami, que antes era competência do Governo do Estado, através de um convênio ao qual ela já se posicionou contrária. “É uma obrigação complicada porque ali é uma caixa de pólvora”, afirma.

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