Após verificar produto com preço errado em relação ao indicado na gôndola, consumidora foi desrespeitada ao exigir o cumprimento do valor anunciado na etiqueta
Dias após uma cliente ser agredida em uma das lojas da rede Bretas, o hipermercado é alvo de outra denúncia. Após verificar produto com preço errado em relação ao indicado na gôndola, consumidora foi desrespeitada ao exigir o cumprimento daquele valor.
De acordo com a advogada Linara Tupa, ela esteve no supermercado situado na avenida Fidélis Reis para comprar camarão. Na pista fria ela encontrou a mercadoria desejada em frente da etiqueta indicando o valor de R$11,90, porém, ao lado, havia outra marcação de R$23,90. No entanto, a consumidora afirma que junto aos valores havia o nome do produto e mais algumas siglas que ela não conseguia identificar.
Ao verificar que o preço era outro, ela acionou o gerente para que pudesse comprar pelo valor mais baixo, conforme determina o Código de Defesa do Consumidor, mas, segundo ela, o funcionário afirmou que se quisesse adquirir o produto, teria que levar pelo preço correto. “Fiquei indignada e falei que iria tirar uma foto para levar ao Procon, nesse momento fui empurrada pelo funcionário, que imediatamente recolheu todas as mercadorias”, comenta.
De acordo com coordenador-geral do Procon, Sebastião Severino Rosa, neste caso, ou outro semelhante, sempre tem que prevalecer o menor preço. Caso o estabelecimento se negue a vender o produto nessas condições, o consumidor deve acionar imediatamente o Procon, se for horário comercial. Caso contrário, o consumidor pode fazer um boletim de ocorrência para exigir seus direitos posteriormente. “É direito do consumidor ter informação clara e precisa sobre o valor dos produtos.” Porém, o coordenador faz uma ressalva. “Caso saia anúncio com valor errado, o responsável deve fazer uma errata e assim não é passível de cumprimento de oferta.”
O supermercado Bretas foi procurado pela reportagem e o gerente, que não se identificou, afirma que ocorrido não foi da forma como a consumidora relata. Segundo ele, dois tipos de camarão estavam lado a lado e os preços em frente de cada um deles. “Eu expliquei para ela que se tivesse apenas uma qualidade e os dois preços, com certeza faria a diferença e ela levaria pelo menor preço, é direito dela. Mas nessa situação ela queria tirar proveito. Fui até o local, tentei explicar e mostrei que havia dois produtos e dois preços, mas ela não concordou”, finaliza.