CIDADE

Aparelho adquirido há quinze anos no HC só atende parcialmente

Falta de verbas e profissionais para operar o aparelho de ressonância magnética têm dificultado a realização de atendimentos

Thassiana Macedo
Publicado em 10/05/2011 às 23:44Atualizado em 20/12/2022 às 00:24
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Falta de verbas e profissionais qualificados para operar o aparelho de ressonância magnética e o acelerador linear, bem como de trabalhadores da construção civil para terminar as obras de adequação física e de segurança do prédio para recebê-lo, têm dificultado a realização de atendimentos, segundo superintendente do Hospital de Clínicas (HC) da UFTM, Murilo Rocha.

Procurado pela reportagem do Jornal da Manhã para esclarecer dúvidas, o superintendente afirma que o acelerador linear, utilizado na radioterapia para tratamento de câncer, comprado há mais de 15 anos, passou a funcionar, ano passado, para irradiação de derivados de sangue destinados a transfusões especiais, serviço que era importado do Hospital Dr. Hélio Angotti. “Uma vez funcionando, precisamos agora de refazer licenças do aparelho, obedecendo às rigorosas regras do Conselho Nacional de Energia Nuclear, do qual aguardamos a visita para ampliar o serviço e iniciar o tratamento de pacientes oncológicos. Remanejamos radioterapeuta e físico nuclear, reestruturamos o atendimento para ficarmos bem próximos da normalidade, só aguardamos a liberação para funcionar. Além disso, precisamos de novos profissionais devido às aposentadorias e demissões, mas o governo federal e o Tribunal de Contas da União (TCU) nos impede de contratar e de realizar novos concursos”, explica.

Para a irradiação e experimentos para teses de doutorado, o aparelho atende 100%, segundo o médico Vitor Carvalho Lara. A visita do conselho deve acontecer nos próximos 60 dias e, após a liberação da Anvisa, inicialmente, o Serviço de Radioterapia prevê atender uma média de 20 pessoas por dia.

Quanto ao aparelho de ressonância magnética, adquirido há 2 anos para exames de imagem, ainda não foi instalado por falta de espaço adequado fisicamente e que ofereça segurança a pacientes e profissionais do Hospital, já que ele emite ondas de alta frequência. “O HC nunca previu esse aparelho. Escolhemos sala da antiga Santa Casa para transferir a radioterapia, mas, devido ao aquecimento da construção civil, enfrentamos falta de engenheiros capacitados para realizar a obra com rapidez”, frisa.

Pacientes de radioterapia são transferidos, sem custos, ao Hospital Dr. Hélio Angotti. Rocha destaca, ainda, que a demanda do hospital realmente é alta, mas a instituição tem arcado a diferença de valor com a realização dos exames diagnósticos em parceria com clínicas particulares, aproveitando o repasse do SUS, mas o SUS paga R$240, enquanto as clínicas cobram R$ 500. “Pagamos para as emergências e encaminhamos os demais à Secretaria de Saúde, que também sofre com limitação de verbas e número de exames”, completa Rocha.

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