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Após anos de impasse, “casa do Bin Laden” começa a ser demolida na Rua Artur Machado

O imóvel tem parecer técnico indicando sua demolição desde 2021

Joanna Prata
Publicado em 16/12/2025 às 09:56
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Imóvel histórico localizado em frente à Concha Acústica conhecido como "Casa do Bin Laden" teve a demolição iniciada na última semana; em imagem enviada à reportagem do Jornal da Manhã é possível perceber equipe trabalhando no telhado do local (Foto/Reprodução)

Imóvel histórico localizado em frente à Concha Acústica conhecido como "Casa do Bin Laden" teve a demolição iniciada na última semana; em imagem enviada à reportagem do Jornal da Manhã é possível perceber equipe trabalhando no telhado do local (Foto/Reprodução)

Imóvel localizado na rua Arthur Machado, em frente à Concha Acústica e popularmente conhecido como “Casa do Bin Laden”, começou a ser demolido nesta semana, após longo processo de análise técnica e institucional. O pedido para a retirada da edificação é baseado em um parecer técnico elaborado de forma particular ainda em 2021, que apontava problemas estruturais no local.  

Segundo a Fundação Cultural de Uberaba, a demolição foi autorizada pelo Conselho do Patrimônio Histórico e Artístico de Uberaba (Conphau) durante a 86ª Reunião Ordinária, realizada em 30 de outubro de 2025. A decisão ocorreu após a análise de um laudo da Defesa Civil, que constatou comprometimento estrutural grave e risco real de colapso do imóvel, levando a maioria dos conselheiros a votar favoravelmente pela demolição.   

O laudo técnico também destacou o perigo oferecido à população, tanto para pedestres quanto para imóveis vizinhos, considerando a intensa circulação de pessoas na região central da cidade. O documento foi elaborado com base em critérios técnicos, legais e preventivos e encaminhado aos órgãos competentes, incluindo o Conphau, para avaliação.   

Desde 2021, o imóvel esteve envolvido em divergências dentro do conselho. Conforme publicação do Porta Voz, em julho de 2025, parte dos conselheiros se posicionou contra a demolição, alegando valor histórico da arquitetura. Diante das discordâncias, chegou a ser discutida a possibilidade de encaminhar o caso ao Ministério Público para avaliar se o Conphau poderia se opor ao laudo da Defesa Civil. Ainda assim, prevaleceu o entendimento técnico, com votos favoráveis à demolição.

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